Sábado, 28 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 20 de julho de 2016
O novo presidente do BC (Banco Central), Ilan Goldfajn, preside desde terça-feira (19) sua primeira reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), responsável por fixar os juros básicos da economia. Na noite desta quarta-feira (20), no fim do encontro, será anunciado o novo patamar da taxa Selic.
Mesmo pressionado pelo setor produtivo, por sindicalistas e pelo governo para iniciar o processo de corte dos juros básicos da economia, a expectativa do mercado financeiro é de que o Banco Central mantenha a taxa Selic estável em 14,25% ao ano – o maior patamar em dez anos.
A pressão é motivada pela forte recessão da economia brasileira, e a taxa de juros, mantida alta, encarece o crédito e, consequentemente, contribui para inibir o consumo das famílias e o investimento das empresas, fatores necessários para a retomada do crescimento. Por outro lado, os juros altos ajudam a desacelerar a inflação.
Para este ano, a mais recente previsão do mercado financeiro é de um tombo de 3,3% no PIB (Produto Interno Bruto), após um recuo de 3,8% ano passado – o maior em 25 anos. Para 2017, a previsão de alta de cerca de 1% ainda é considerada insuficiente para reverter de forma mais forte o quadro de desemprego do País.
Mesmo assim, Goldfajn informou, no fim de junho, que buscará atingir a meta central de inflação de 4,5% em 2017 – o que pressupõe um atraso maior no processo de queda dos juros. A inflação corrente do País ainda está elevada. Em 12 meses até junho, o índice somou 8,84%, distante do objetivo central de 4,5% para o próximo ano. (AG)