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Por Redação O Sul | 31 de julho de 2016
Em maio deste ano, o cenário político era dos mais complicados da nossa democracia recente. O econômico, também. Mas, ainda assim, quatro deputados federais entraram em um avião e rumaram para uma viagem de oito dias entre Londres, na Inglaterra, e Frankfurt e Munique, na Alemanha, “para colher subsídios visando a organização e reestruturação do futebol brasileiro”, como descreveram em relatório apresentado à Câmara dos Deputados. Esse é um exemplo que demonstra como o ritmo de viagens dos parlamentares, pagas com dinheiro público, continuou intenso, mesmo em meio à crise.
Levantamento do jornal O Globo mostra que os deputados continuam viajando nesta legislatura – iniciada em fevereiro do ano passado – tanto quanto na anterior (2011-2014). Em 2015, por exemplo, o número de viagens e países visitados pelos parlamentares só não foi maior do que em 2013. Ano passado, 146 deputados conheceram 37 nações.
Para os gastos com hotel, deslocamento e alimentação, os parlamentares recebem diária, cujos valores são de 391 dólares (América do Sul) e 428 dólares (para o restante da América e demais continentes). Depois que voltam ao Brasil, eles têm até 15 dias para apresentarem os boletos de avião e um relatório sobre as atividades desenvolvidas no exterior.