Sexta-feira, 10 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 2 de agosto de 2016
Cinco meses separam duas imagens que, nem à distância, parecem remeter a uma personagem que passou todo esse período atrás das grades. Assim como aconteceu em fevereiro, quando chegou à carceragem da Polícia Federal de Curitiba, no Paraná, com sorriso largo e mascando chiclete, desta vez Mônica Moura, a mulher do marqueteiro João Santana, aparentemente abandonou só a goma de mascar.
Ela não escondeu a felicidade ao ter sido solta pela Justiça depois de cinco meses atrás das grades. Já dentro do carro que a levaria para o aeroporto, ao lado do advogado, ela mirou as lentes dos fotógrafos e, com os mesmos óculos com os quais chegou em Curitiba, devolveu aos cliques um sorriso de capa de revista.
A aparente alegria da mulher que confessou praticar caixa dois na campanha presidencial de Dilma Rousseff é emblemática, considerando, entre outros fatores, o fato de que horas antes a Justiça divulgava que ela só foi liberada depois do pagar 28 milhões de reais de fiança. E não poderá falar com pessoas que também respondem a crimes investigados na Operação Lava-Jato.
Ao longo dos cinco últimos meses, Mônica também enfrentou uma rotina pesada. Segundo a imprensa, chegou a fazer cortina de papel higiênico para ganhar privacidade no momento em que usava o banheiro da pequena cela da Polícia Federal. Acompanhada do marido, João Santana, ela seguiu para Salvador, na Bahia, onde a dupla mora quando está no Brasil. (AG)