Segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 7 de agosto de 2016
Executivos de banco, colegas do setor imobiliário, um fabricante de cigarros. Todos homens brancos, como ele. O candidato republicano à Casa Branca, nos EUA, Donald Trump, anunciou os 13 nomes que vão compor seu time econômico, encarregado de aconselhá-lo e ajudá-lo a montar sua plataforma na área.
Sem mulheres nem minorias étnicas, a lista privilegia homens de negócio e escanteia economistas, escolha tradicional nas campanhas.
A equipe inclui companheiros da lista de bilionários da Forbes, como John Paulson (9,8 bilhõe de dólares) e Harold Hamm (12,9 bilhões de dólares). No mesmo comunicado do anúncio Trump afirmou que apresentará seu plano para “impulsionar a economia” nesta segunda-feira. A iniciativa veio à tona após apelos dentro do partido para que ele mude o rumo de sua campanha, marcada por polêmicas que o fizeram cair nas pesquisas.
O anúncio também tentou dividir a atenção com o relatório do governo norte-americano, que revelou que o emprego no país aumentou mais do que o esperado em julho e a renda avançou, reforçando as expectativas de crescimento econômico.
Ao comentar os números da economia, a candidata democrata, Hillary Clinton, disse que o presidente Barack Obama conduz a nação para superar a recessão.
Equipe bilionária
Em aparente estratégia para conter os danos causados pelas polêmicas do candidato Donald Trump, a campanha presidencial republicana nos EUA revelou a equipe econômica que comporá um eventual governo do magnata. O The Washington Post destacou que se trata de um time de bilionários investidores e homens de negócios, que atuarão como conselheiros econômicos.
Um dos nomes é John Paulson, bilionário que fez fortuna apostando no colapso da bolha imobiliária, em 2007. Howard Lorber, que já comandou a centenária rede de cachorros-quentes Nathan’s, hoje preside o Grupo Vector, que tem entre as subsidiárias a quarta maior fabricante de tabaco nos EUA.
Diretor financeiro da campanha republicana, Steven Mnuchin ficou milionário trabalhando no Goldman Sachs, banco que anos mais tarde seria um dos protagonistas da crise de 2008. Depois fundou uma produtora por trás de obras como “Avatar” e “Wall Street – O Dinheiro Nunca Dorme”.