Sexta-feira, 31 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de agosto de 2016
A morte de uma professora durante uma cirurgia plástica na barriga está sendo questionada pela família, que acusa o cirurgião de negligência. Cíntia Fernandes de Oliveira, 39 anos, morreu horas após ser submetida a uma cirurgia de lipoescultura com miniabdominoplastia em uma clínica no Rio.
A irmã da professora, Janaína Fernandes de Oliveira, disse que registrou queixa em uma delegacia após conversar com o chefe do CTI (Centro de Tratamento Intensivo) do hospital e receber dele a informação de que possivelmente a causa da morte tenha sido embolia pulmonar.
“Eu disse que não aceitaria um atestado com uma suposição de causa de óbito. O cirurgião em momento algum falou comigo. Somente o chefe do CTI. Ele disse que eu teria muito trabalho. Ir na delegacia, fazer necropsia etc. Me deram um documento e fui logo na delegacia”, contou Janaína, revoltada.
Investigações.
Por meio de nota, a Polícia Civil informou que instaurou procedimento para apurar possível imperícia no caso da morte de Cíntia no interior da clínica particular. “Investigações estão em andamento”, diz a nota.
O Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro) informou que já há outros dois processos em tramitação contra o médico que fez a operação. O órgão declarou que abriu sindicância para apurar o caso.
Em caso de condenação, as punições vão desde advertência confidencial até a cassação do exercício da Medicina.
Filha faz desabafo.
A família já iniciou uma campanha para que o médico não volte a trabalhar na profissão.
A filha de Cíntia, Cindhy Marques, fez um desabafo em sua página no Facebook, acusando o médico pela morte da mãe. No relato, ela informou que a causa da morte diagnosticada pelo profissional foi embolia pulmonar.
“Eu perdi o amor da minha vida! […] Ele [o cirurgião] alegou que ela morreu de embolia pulmonar e teve parada respiratória e cardíaca. Ele provavelmente perfurou o pulmão dela e ela se foi pra sempre”, escreveu Cindhy. (AG)