Roberta Sá interpretou Carmen Miranda na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos Rio 2016. (Foto: Edgard Garrido/Reuters/Direitos Reservados)
Gasparotto
“Minha obra toda badala assim: Brasileiros, chegou a hora de realizar o Brasil.”
A frase de Mário de Andrade está perfeita para os tempos de pós
Olimpíada Rio 2016.
Temos tudo para podermos nos ufanar do Brasil. Temos Carmem Miranda – Roberta Sá esteve perfeita –, o frevo espetacular, uma das coreografias inacreditáveis do nosso folclore musical, e o magnífico Villa-Lobos, tudo junto e ao mesmo tempo na bela festa de encerramento da Olimpíada 2016, realizada no espetacular cenário do Rio de Janeiro.
A festa de abertura do evento esportivo foi irretocável e com andamento sem atropelos nem deslizes, mas o encerramento combinou mais com a informalidade calorosa dos brasileiros. A sequência com os pássaros, músicas dos diversos recantos verde e amarelos, e, repito, Villa-Lobos, mostrando nosso país com música erudita em compassos incomuns, mais a arte de Mestre Vitalino, entre outras coisas, justificam nosso orgulho. Temos ainda a vitória no futebol, as medalhas de Isaquias na canoagem, e demais feitos, nos permitem dizer que a Olimpíada Rio 2016 foi bem-sucedida. Mas como já ouvi de cabeças bem pensantes: “Foi muito bom que tivemos a Olimpíada 2016. Felizmente acabou, pois os temores foram muitos. Uffa!”.
A cultura nordestina, com destaque para Mestre Vitalino, foi apresentada com relevância na celebração. (Foto: Stoyan Nenov/Reuters)
O elenco, formado por voluntários, trajou fantasias que representavam araras-vermelhas no início do espetáculo. (Foto: David Ramos/Getty Images)