Quinta-feira, 24 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 15 de setembro de 2016
Os corpos de dois procuradores, pai e filho, que estavam desaparecidos desde domingo, foram localizados nessa quarta-feira pela Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso em uma área de pastagem próxima à fazenda das vítimas, que fica no município de Vila Rica (a cerca de 1,2 mil quilômetros de Cuiabá). O gerente da fazenda, José Bonfim Alves Santana, foi preso na noite de terça-feira, na cidade de Colinas do Tocantins (TO), e acabou confessando o assassinato dos dois. Ele portava uma arma, supostamente usada para cometer o crime, segundo a polícia. O suspeito responderá por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
O procurador aposentado do Distrito Federal, Saint-Clair Martins Souto, e seu filho, Saint-Clair Martins Souto Filho, procurador do Estado do Rio de Janeiro, deixaram de dar notícias à família desde o domingo. Eles teriam ido à propriedade para questionar o gerente sobre o desvio de gado da propriedade e sobre o uso de seus cartões bancários para saques, de acordo com a polícia.
Em depoimento, Santana afirmou que as vítimas foram executadas com um revólver calibre 38, tendo o suspeito matado primeiro o pai. Em seguida, ele chamou o filho para dentro da casa, falando que o pai havia sofrido uma queda, momento em que matou a segunda vítima.
Ainda em interrogatório, o suspeito revelou que, após as execuções, teria enterrado os corpos em uma região próxima à fazenda, que fica a 90 quilômetros da zona urbana de Vila Rica. As diligências iniciais foram realizadas pelo delegado de Vila Rica Gutemberg de Lucena Almeida. Durante o trabalho, a polícia do Mato Grosso identificou o gerente da fazenda como suspeito do crime e iniciou as diligências para localizá-lo.
“Fizemos mais de 14 horas de buscas ininterruptas e logramos êxito em encontrar os corpos. Estavam em uma área de pastagem, encobertos pelo capim um pouco mais alto, na própria Fazenda Santa Luzia, pertencente as vítimas”, disse. A ação integrada entre agentes de segurança de Mato Grosso e de Tocantins, baseada em informações de Inteligência dos dois Estados, foi decisiva para o desfecho rápido do duplo homicídio, segundo a polícia de Mato Grosso.