Sexta-feira, 24 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de setembro de 2016
Martinho Luiz Kelm é reitor da Unijuí e o presidente do COMUNG (Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas), que congrega 15 instituições no ensino superior em todas as regiões gaúchas. Preocupado com a situação do ensino superior como um todo, ele prevê que 1,2 milhão de alunos possam ficar de fora do Fiés no País. No RS são cerca de 50 mil alunos. Segundo ele, o Governo Federal deixou de repassar às universidades neste segundo semestre cerca de 150 milhões de reais, montante que representa 30% do faturamento das instituições de ensino. Estas, por sua vez, continuam mantendo as condições normais para os alunos participantes do FIES, mas por outro lado acumulando despesas e se endividando para quitar suas despesas.
Por isso mesmo ele participou nos últimos dias de uma reunião em Brasília, ao lado da reitora da Universidade Feevale, Inajara Vargas Ramos, e da reitora da Unisc, Carmem Lúcia de Lima Helfer. Eles estiveram com o ministro da Educação, Mendonça Filho, em busca de soluções. Para Martinho Luiz Kelm só existe um caminho, igualmente reiterado pelo ministro. Kelm comenta que o Ministério da Educação confirma a disponibilidade de verbas, mas que não se viabiliza sem a aprovação de um projeto de lei.
Para esta votação, o Congresso necessita de um número suficiente de parlamentares, o que também não é garantido diante do cenário pré-eleitoral, com muitos deles fora de Brasília, potencializando o problema. “A situação é de fragilidade”, aponta Kelm, ao dizer que “não existe um plano B para isto”. A retomada no Congresso somente em outubro compromete o tempo hábil para as universidades se organizarem e os estudantes permanecerem em seus quadros. “Queremos que a sociedade tome conhecimento disso e nos ajude a mobilizar os parlamentares para participarem desta votação”. Kelm esteve visitando a Rede Pampa, participando de programas de rádio e televisão, defendendo sua causa ao lado da reitora da URCAMP, Lia Maria Herzer Quintana.