Domingo, 19 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 17 de setembro de 2016
Os trabalhadores dos Correios no Rio Grande do Sul decidiram, em assembleia realizada nesta sexta-feira (16) em Porto Alegre, aprovar o fim da greve no Estado. Eles deverão retornar ao trabalho às 23h59min deste sábado (17), de acordo com o Sintect-RS (Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do Rio Grande do Sul).
Apesar de ter votado em sua maioria pelo encerramento da paralisação, a categoria manteve a decisão da assembleia do dia 14 de rejeitar a proposta da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos). O movimento paredista era parcial em solo gaúcho. Os trabalhadores da região de Santa Maria, por exemplo, não haviam aderido à paralisação dos serviços.
No Brasil, apenas Minas Gerais (na Região Metropolitana de Belo Horizonte) e Sergipe continuam em greve. Segundo a empresa, a paralisação não afetou o atendimento à população brasileira. Todas as agências estavam abertas nessa sexta-feira e os serviços, inclusive a entrega de Sedex e o Banco Postal, seguiam disponíveis.
De acordo com o sistema eletrônico de presença da ECT, 99,08% do efetivo dos Correios trabalhou normalmente em todo o País. No Rio Grande do Sul, o percentual de empregados presentes em seus locais de operação foi de 94,9% nessa sexta-feira, informou a empresa.
O acordo coletivo de trabalho deverá ser assinado pelos sindicatos no início da próxima semana. Na noite dessa sexta-feira, os trabalhadores de Roraima também aprovaram a proposta da empresa, o que fez com que fosse alcançada a quantidade necessária de sindicatos para a assinatura do ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) 2016/17, ou seja, 21 dos sindicatos filiados à Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares, que já havia orientado a aceitação da oferta da ECT.
A proposta da ECT prevê, entre outras medidas, reajuste de 9%, a ser concedido nos percentuais de 6%, em agosto de 2016, e 3%, em fevereiro de 2017; reajuste nos benefícios em 8,74%; e a manutenção das demais cláusulas do ACT 2015/2016, inclusive a que trata do plano de saúde. (Tiago Thomé)