Sábado, 18 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 18 de setembro de 2016
Uma soldada transgênera de 24 anos se tornou a primeira mulher a servir na linha de frente do Exército. Chloe Allen entrou para as Guardas Escocesas como homem em 2012, com o nome de Ben Allen, mas iniciou um tratamento de terapia hormonal e mudou oficialmente seu nome. O Exército britânico divulgou que estava “muito feliz” de ter a primeira mulher em uma função de combate corpo a corpo. Em julho deste ano, o então primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron autorizou, a partir de uma orientação do comando do Exército, que mulheres pudessem servir na linha de frente.
Infantaria.
O recrutamento deve começar no final deste ano. Mas Chloe, que é natural de Cúmbria, no nordeste da Inglaterra, e cuja identidade foi alterada, foi informada de que poderia permanecer na infantaria, como mulher. Ela disse ter ficado “aliviada” ao poder falar abertamente sobre sua situação. A soldado afirmou que inicialmente acreditava que seria obrigada a deixar o posto. Mas disse ter falado com o departamento de Recursos Humanos do Exército, ao que foi informada que poderia continuar no cargo de fuzileiro e motorista de blindado.
Alteração nos documentos.
“Toda a minha documentação com o Exército, dentro do batalhão, foi mudada e resolvida. Meu passaporte também será alterado em breve”, disse ela. “É fenomenal, é magnífico! Dizer tudo o que eu sempre quis dizer e ainda servir na infantaria”, acrescentou. O Exército britânico mantém uma política específica para homens e mulheres militares transgêneros desde 1999.
No ano passado, a capitã Hannah Winterbourne, que se tornou a militar transgênera com a mais alta patente no Exército britânico, falou de sua transição e também como se tornou modelo para outros militares transgêneros. “As Forças Armadas estão provando ser uma organização inclusiva onde todo mundo é bem vindo e pode crescer [na carreira]”, acrescentou James Everard, comandante da unidade de Exército de campanha do Reino Unido.
britânico.