Por Redação O Sul | 25 de setembro de 2016
Há anos, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) faz um intenso e transparente de trabalho de dissociar o seu nome da Igreja Universal do Reino de Deus e da sombra do tio Edir Macedo, líder da entidade. O seu avanço nas intenções de voto para a prefeitura do Rio de Janeiro, confirmado até nas pesquisas qualitativas dos partidos adversários, indica êxito. O favoritismo na corrida vem de frentes variadas: recall das eleições passadas, boa coligação e visitas semanais às comunidades desde que foi eleito senador. Há um fator novo neste pleito: a rejeição de Crivella caiu e os seus potenciais votos por eleitores das classes A e B subiram.
Com emoção
O jogo embolado para o segundo colocado, com quatro empatados, mostra que o carioca viverá uma das eleições de maior expectativa do País.
Voz diplomata
O embaixador Frederico Meyer, porta-voz do Itamaraty, passou a ser cotado para desempenhar essa função no Palácio do Planalto, após o convite recusado pelo jornalista Eduardo Oinegue.
Voz aliada
Meyer é visto como alinhado à política do presidente Michel Temer e ganhou respaldo ao defender que o impeachment da então presidenta Dilma Rousseff não se tratou de “ruptura democrática”.
Deu no que deu
Comentário de um cacique que circula na política desde que Dom Pedro soltava pipa: todo grande empresário estava indo muito bem, até fazer negócio com o governo e com o PT. Exemplos: Eike Batista, André Esteves, Marcelo Odebrecht etc.
Clareza solar
O líder do PV no Senado, Álvaro Dias (Pr), recomenda UMA leitura “cuidadosa” das 160 páginas da denúncia do juiz federal Sérgio Moro contra o ex-presidente Lula. Conforme o parlamentar, há “provas com clareza solar” contra o petista. Testemunhais e documentais, além das delações”.
Pimenta…
O deputado federal Paulo Pimenta (RS) virou o porta-voz do PT para assuntos relacionados à Operação Lava-Jato. Dois dias após a denúncia contra Lula, ele assumiu o megafone da sigla para “condenar” a prisão-soltura do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega.
…Na língua
“A covardia de Moro e dos meninos do Ministério Público Federal não tem limites e é revoltante”, repete Pimenta. A frase virou o seu mantra.
Desespero
Candidato em Belo Horizonte (MG), Eros Biondini (PROS) prometeu, de última hora, uma secretaria LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) se for eleito prefeito. Acabou comprando briga com os católicos, segmento que representa, e deve virar alvo de críticas de aliados nas redes sociais. Um líder de Brasília já gravou vídeo.
O café esfriou
O procurador-geral da República Rodrigo Janot cogitou oferecer um café da manhã para jornalistas, mas declinou em cima da hora, ao avaliar que pegaria mal falar da Operação Lava-Jato na mesma semana em que foi aceita a denúncia contra o ex-presidente Lula e com Guido Mantega na mira.
Bolsa Campanha
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e os ministérios do Desenvolvimento Social e da Transparência finalizam uma radiografia de beneficiários do Bolsa Família que não se enquadram nas regras do programa. O cerco contra os “falsos pobres” é feito com o cruzamento de informações sobre rendas e doações a campanhas municipais.
Munição
O levantamento, acompanhado com lupa pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, servirá de munição para o argumento de Temer de que o governo de Dilma, sua antecessora, não tinha controle e fiscalização.
A lista
Iniciado há dois meses, o levantamento – com nome de doadores e candidatos beneficiados – deve ser divulgado na véspera do primeiro turno das eleições.
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