Terça-feira, 14 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de abril de 2015
A Região Metropolitana da capital gaúcha é a segunda do País com maior porcentagem de habitantes que possuem aparelhos celulares. Na Grande Porto Alegre, 95,7% das pessoas têm telefone móvel, de acordo com dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os números são relativos a 2013. A capital federal, Brasília (DF), aparece na primeira colocação do ranking, com 97,5% dos habitantes com celular.
Já os fixos estão presentes em uma a cada duas residências da Região Metropolitana. Em todo o Estado, a porcentagem de casas com telefone fixo é de 37,4%.
Dobro
No Sul do Brasil, o número de usuários de aparelhos celulares praticamente dobrou desde o início da análise do Pnad, que começou em 2005. Ao todo, 79,8% das pessoas possuem telefones móveis na região. À época do início da pesquisa, esse número correspondia a menos da metade da população, 47,5%. Norte e Nordeste, mesmo com as menores proporções de pessoas que têm esse equipamento, mostraram maior crescimento. Em 2013, eram 66,7% no Norte e 66,1% no Nordeste do País. Um quarto (24,8%) não tinha telefone celular. Fatores como menor rendimento e escolaridade contribuíram diretamente para a ausência desses aparelhos. Eram 50,4% na faixa per capita até um quarto do salário mínimo, e 60,2% das pessoas com baixa escolaridade ou sem instrução. Entre os indivíduos com 10 anos ou mais, 82% têm o equipamento.
Conexão
Em 2013, pouco mais da metade da população com 10 anos ou mais não tinha acesso à internet no Brasil e 50,6% delas não tinha usado a rede mundial nenhuma vez no período de 90 dias que antecederam a entrevista. Em um universo de 65,1 milhões de domicílios particulares pesquisados, havia internet em 48% deles. O microcomputador era o meio preferido pelas pessoas para se conectarem (88,4%). A conexão por meio de aparelho móvel estava presente em 53,6% e via tablets o índice era de 17,2%. Sobre o tipo de conexão, em 97,7% dos lares o acesso à internet se dava por meio de banda larga, sendo que 77,1% conectavam-se via banda larga fixa e 43,5% em móvel.
No que diz respeito à conectividade, o Brasil está abaixo da média dos países da Europa e da América, de acordo com a técnica de coordenação de trabalho e renda do IBGE, Jully Ponte. “O Brasil tem média superior à de países do Oriente Médio e da África. Há sim, capacidade de expansão da utilização da internet no Brasil, já que a média dos países da América é superior à nossa, embora as bases de comparações sejam diferentes”, esclarece a profissional.
Frequência
Sobre a regularidade do uso da internet, dados revelam que 50% das residências com renda de um a dois salários mínimos se conectavam frequentemente. A pesquisa também mostra que usar a rede foi mais comum entre jovens com idades entre 15 e 17 anos (75,7%) e cresceu conforme melhorava o nível de escolaridade, variando de 5,4% a 89,8%.