Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 4 de outubro de 2016
Aos 13 anos, Rufino Borrego foi diagnosticado com distrofia muscular em Lisboa, Portugal. Sem cura, seu destino seria passar a vida numa cadeira de rodas, e foi isso o que quase aconteceu. Em 2010, 40 anos depois, ele descobriu que tinha, na verdade, uma doença tratável.
A nova neurologista de Borrego, Teresinha Evangelista, foi quem descobriu o diagnóstico correto, a miastenia congênita, tratada com um remédio contra asma. A doença afeta a transmissão neuromuscular e, assim, pode impedir a contração muscular normal. “Qualquer situação como essa, em que um médico tem a chance de mudar de verdade a vida dos pacientes, é muito gratificante”, disse a médica.
Aos 61 anos, Borrego reaprende a andar e faz poucas sessões de fisioterapia ao ano. E, apesar de todos os problemas que o diagnóstico errado lhe causou, ele insiste que não guarda sentimentos ruins contra o hospital e o médico envolvidos. “Eu só quero aproveitar a minha vida”, diz. (AG)