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Por Redação O Sul | 23 de outubro de 2016
Aliados do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiram fazer uma ofensiva contra o Judiciário após a deflagração da Operação Métis, na sexta-feira, que prendeu policiais legislativos dentro do Congresso Nacional.
Segundo senadores, a ação da Polícia Federal foi um “desrespeito” ao Senado e exige uma resposta “forte e efetiva” dos parlamentares. Congressistas relataram que Calheiros estava furioso com o que chamou de “excessos” da operação e ponderaram que “nem mesmo a ditadura invadiu o Congresso”. A avaliação de parlamentares da base do governo do presidente Michel Temer é que a ação abrirá espaço para aprovar o projeto que estabelece punições para autoridades que cometerem abusos.
O texto, no Congresso desde 2009, é alvo de críticas da força-tarefa da Operação Lava-Jato e representantes do Judiciário e do Ministério Público, que afirmam que a medida serve para cercear as investigações de operações que atingem políticos. A proposta foi desengavetada em junho por Calheiros, com relatoria do senador Romero Jucá (PMDB-RR) e prevê punições a policiais, procuradores e juízes. Senadores também cogitam aprovar lei que retira o direito de um juiz receber aposentadoria integral caso seja afastado do cargo por ter cometido ilegalidades. (Folhapress)