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Brasil Pesquisa mundial revela que brasileiros não poupam para a aposentadoria

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Brasileiros que possuem hábitos constantes de guardar para o futuro representam 38%. (Foto: Reprodução)

Os trabalhadores brasileiros são otimistas com a aposentadoria. Mas, por outro lado, eles pouco se preparam para garantir um futuro seguro e confortável financeiramente após deixar de trabalhar e passar a receber o benefício previdenciário. Pesquisa mundial feita em 15 países, incluindo o Brasil, revela que há grande lacuna entre o nível de conscientização e os verdadeiros hábitos de poupar entre a população economicamente ativa.

Do total de trabalhadores entrevistados no País, entre 6 e 23 de fevereiro deste ano, apenas 23% afirmaram ter algum plano formal para se capitalizar, ou seja, fazem planejamento concreto de olho na aposentadoria.

Outros 28% que responderam não participam de nenhum sistema para se aposentar e 47% só têm planos de fazer, mas não há nada “por escrito”, ficando apenas no campo da intenção.

Desafio

O estudo foi feito com trabalhadores de Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, China, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Hungria, Índia, Japão, Polônia, Reino Unido, Turquia e Polônia. Ele aponta que, por aqui, o planejamento financeiro para enfrentar imprevistos na vida profissional e na futura aposentadoria é um grande desafio.

Este foi o quarto ano da pesquisa e marca a segunda participação do Brasil. Foram entrevistadas 16 mil pessoas nos 15 países, sendo 14,4 mil trabalhadores ativos e 1,6 mil aposentados, dos quais 1 mil no Brasil.

O resultado mostra que a maioria conta apenas com poupança individual para encarar situações inesperadas: 57% informaram que, se for necessário parar de trabalhar por período longo ou se deixarem de gerar renda até a idade de se aposentar, terão que fazer uso de suas economias.

Do total, 24% esperam contar com a renda do cônjuge, 19% com o seguro por invalidez, 18% com a venda de um bem, como um imóvel, e apenas 18% têm algum tipo de seguro como plano alternativo.

A pesquisa indica que 79% se sentem responsáveis em garantir renda suficiente para aposentadoria. Grande parte (82%) está consciente da necessidade de planejar o próprio futuro, mas o pensamento não virou hábito.

O estudo detectou o perfil do brasileiro que poupa ainda na ativa. Os que possuem hábitos constantes de guardar para o futuro representam 38%; os ocasionais, que são os que economizam de vez em quando, 23%; os que pensam em fazer pé de meia são 22%. O grupo que já acumulou antes e não manteve o hábito chega a 12%. Somente 4% são os que não pretendem poupar.

“Aposentadoria confortável não depende de altos salários, mas do costume de poupar”, explica Leandro Palmeira, superintendente de projetos estratégicos da “Mongeral Aegon” e representante do Brasil no grupo de pesquisa da “Aegon”, responsável pelo levantamento.

Brics

O Índice “Aegon de Preparo para a Aposentadoria” leva em conta aspectos como a responsabilidade pessoal para obter renda na aposentadoria, nível de consciência em relação a esse preparo, formação de poupança, entre outros. O índice varia de zero a dez. Até a nota seis, significa um preparo fraco para a aposentadoria; entre seis e oito, preparo médio; e de oito a dez, alto preparo.

Segundo Palmeira, dos países que integram o grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil e a Índia tiveram as notas mais elevadas, embora elas não reflitam ainda um preparo alto para aposentadoria.

Por serem economias emergentes, os dois países têm fatores em comum, como sistemas de Previdência pública “bem desenvolvidos, generosos e de inclusão social”.

No Brasil, Palmeira destacou o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que abrange grande número de indivíduos de diversas faixas de renda recebendo pensões do sistema público. Por isso, boa parte do índice é influenciada pela percepção que as pessoas têm da cobertura que é garantida pela seguridade social.

“O que isso gera de preocupação é que a condição que a gente tem hoje no sistema público de benefícios de Previdência não é sustentável no longo prazo. Existe um sinal amarelo com essa situação, que pode não se sustentar no futuro”, argumentou o empresário.

Ele lembrou que quando os dados foram coletados, em fevereiro, o País não estava passando pela atual crise, nem havia sido anunciado o ajuste fiscal, que poderá resultar em mudanças na área da Previdência. (AD)

tags: Brasil

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https://www.osul.com.br/pesquisa-mundial-revela-que-brasileiros-nao-poupam-para-a-aposentadoria/ Pesquisa mundial revela que brasileiros não poupam para a aposentadoria 2015-06-16
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