Sexta-feira, 31 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de dezembro de 2016
Veronica Oliveira, 35 anos, tinha um bom salário em uma empresa e mantinha uma vida tranquila com seus filhos, um casal de 17 e 8 anos, até que o local decretou falência e ela viu sua vida desabar. Perdeu a casa, começou a ter problemas financeiros e teve depressão, o que lhe rendeu uma internação em um hospital psiquiátrico.
No local, Veronica ficou internada duas semanas e mudou a vida de outras pacientes. Sempre animada, fazia números de stand-up comedy para alegrar as colegas. “Eu reunia todas as meninas, colocava-as sentadas e começava o meu show, fazia piadas. Percebi que eu fazia parte da melhora das pacientes e pensava: ‘Nossa, eu cheguei aqui mal e estou ajudando outras pessoas, isso é incrível’”, conta.
Recolocada no mercado de trabalho, Veronica precisou ser afastar devido à depressão e enquanto aguardava o processo burocrático para receber os benefícios que lhe são garantidos por lei, passou a fazer faxinas na casa de amigos próximos. Há pouco tempo, resolveu estender o serviço para pessoas que ainda não conhecia, então divulgou seu trabalho em grupos de Facebook, com algumas montagens inspiradas em filmes. O conteúdo rapidamente viralizou.
“Nossa, eu não esperava esse retorno. Ainda não consegui responder todas as pessoas que entraram em contato comigo. Fiz as montagens há um tempo, mostrei para alguns amigos e guardei. Mas depois eu pensei que as coisas estão tão difíceis, por que não tentar?”, diz Veronica.
Em um post publicado em seu perfil no Facebook, elAconta que já ouviu de algumas pessoas se teria vergonha de fazer faxinas: “Não. Não tenho. Tenho vergonha de gente que usa crocs e fala Bolsomito”, desabafa. (AG)