Quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de novembro de 2016
A quantidade de pessoas que sofrem de hipertensão no mundo duplicou nos últimos 40 anos, chegando a cerca de 1 bilhão, informa um estudo publicado nesta quarta-feira (16) pela revista norte-americana The Lancet.
Enquanto a hipertensão afetava principalmente os países ricos em 1975, a situação mudou de forma radical desde então, com um grande desenvolvimento da doença em países em desenvolvimento.
Segundo o estudo, a quantidade de hipertensos – ou seja, pessoas com pressão arterial superior a 140/90 mmHg – passou de 594 milhões, em 1975, para mais de 1 bilhão, em 2015, em consequência de um forte aumento do fenômeno na Ásia e na África.
“A hipertensão é o principal fator de risco de AVC (Acidente Vascular Cerebral) e das doenças cardiovasculares, matando 7,5 milhões de pessoas todo ano no mundo, principalmente nos países em desenvolvimento”, afirma o principal autor do estudo, Majid Ezzati, do Imperial College de Londres, na Inglaterra.
Dados coletados em cerca de 1.500 estudos sobre 19 milhões de adultos residentes em 200 países mostram que nações como Canadá, Grã-Bretanha, Peru e Cingapura eram as que tinham menos hipertensos em 2015 – ou seja, um homem a cada cinco e uma mulher a cada oito.
Das 1,1 bilhão de pessoas com hipertensão em 2015, mais da metade (590 milhões) vivia na Ásia, sendo 199 milhões na Índia e 226 milhões na China, acrescenta o estudo. Os registros mais elevados em média foram detectados no Leste Europeu, na Ásia Central, na África Subsaariana e na Oceania, enquanto os mais baixos estão na Coreia do Sul e no Canadá.