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Por Redação O Sul | 20 de novembro de 2016
A Black Friday – campanha em que lojas e sites prometem oferecer descontos de até 80% – será na próxima sexta-feira, e a expectativa é que o evento movimente 2,1 bilhões de reais neste ano, 34% a mais do que no ano passado. O advogado Hugo Filardi Pereira garante que o consumidor pode aproveitar as ofertas, mas alerta para os cuidados com as pegadinhas, afinal a versão brasileira do evento já recebeu o apelido – nada carinhoso – de Black Fraude.
“Existe uma esperança geral do comércio para aumento das vendas, já que o setor foi muito afetado pela crise, mas o consumidor precisa se certificar de que há efetivamente boas condições para a compra.”
Para ter essa certeza, o universitário Lucas Alano, 20 anos, já acompanha os preços de um HD externo e uma televisão há algumas semanas.
“Eu ganho bolsa no estágio, então, compro eletrônicos só em promoções. No ano passado, economizei 500 reais em um notebook”, lembra.
Alano afirma que o segredo é a paciência, já que acessa os sites antes da meia-noite, na véspera, e atualiza as páginas até as ofertas aparecerem.
“Muitas ficam fora do ar por causa do número de acessos, mas insisto. Em 2015, eu já tinha posto um notebook no carrinho de compras do site, quando o produto esgotou, então precisei escolher outro.”
O consultor de varejo Marco Quintarelli aconselha: “Tudo bem, é só um dia no ano e tem que correr. Porém, é importante perder nem que seja minutinhos comparando os preços”.
Procons esperam menos problemas.
A expectativa do Procon é que haja menos irregularidades na Black Friday deste ano, pois os clientes e os órgãos de defesa aumentaram a atenção sobre os preços e as ofertas nos últimos anos, fazendo com que as empresas se adequem à lei.
Segundo o Procon, os consumidores estão mais conscientes dos seus direitos. Entretanto, as irregularidades mais comuns nas últimas edições da Black Friday foram o descumprimento da oferta, o aumento de preços nos dias que antecedem o evento para simular descontos, a publicidade enganosa e a falta de informações claras.
“Anunciar produto não disponível no estoque é publicidade enganosa. Vale lembrar que mesmo se os produtos forem comprados em liquidação, os direitos dos consumidores são garantidos.”
O analista de marketing Bruno Martins, 30 anos, considera a atenção fundamental para evitar problemas: “O principal conselho é comprar em sites de redes mais conhecidas e confiáveis. Já comprei uma fritadeira que demorou a chegar, porém, estava no prazo previsto pela loja”. (AG)