Domingo, 24 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 1 de maio de 2015
O filme “Cake – Uma Razão para Viver”, que está em cartaz em Porto Alegre, é uma deliberada tentativa de Jennifer Aniston de dizer adeus a Rachel Green, a divertida e espevitada personagem que interpretava na série “Friends” (1994-2004).
No filme de Daniel Barnz, a atriz encarna as dores físicas e emocionais de Claire Bennett, mulher em processo de recuperação de um traumático acidente automobilístico, que deixou marcas em seu rosto e amargura em seu coração, além de causar dependência em analgésicos. Ou seja, uma antítese da personagem que tornou Jennifer um ícone da TV.
“Amo comédias românticas, muitas são maravilhosas. Mas não quero fazer apenas filmes do gênero porque, como intérprete, tenho muitos outros sentimentos que gostaria de explorar e expressar”, explica a artista californiana de 46 anos. “Honestamente, ‘Cake’ é um desafio pessoal. Quem me escalaria para um filme como esse? Então fui lá e me ofereci.”
personagem sombrio – O longa marca a primeira vez em que a artista se lança com unhas e dentes em um projeto centrado num personagem sombrio, assinado por um cineasta conhecido no circuito independente. O nível de comprometimento com a produção também é incomum: além de associar-se como coprodutora, ela participou de todas as ações de promoção desde a première do longa, no Festival de Toronto no ano passado.
Para dar veracidade a uma mulher em constante sofrimento físico, a intérprete consultou fisioterapeutas e conhecidos que experimentaram trauma semelhante. No campo estético, ganhou peso, parou de cuidar dos cabelos e se deixou filmar sem maquiagem. As cicatrizes, sintéticas, complementam o tratamento de desglamourização da personagem.
A inesperada mudança de tom da atriz tem sido saudada desde então: em Toronto, foi ovacionada pelo público; as qualidades do filme, orçado em 7 milhões de dólares, e a performance da protagonista receberam elogiosas resenhas. Ela também foi indicada ao Globo de Ouro e ao prêmio do Sindicato dos Atores. O longa, no entanto, foi ignorado no Oscar, mas a esnobada da Academia não tirou o sabor de vitória.
“Oh, meu Deus! Você não tem ideia de como esse filme é especial para mim. Já fiz outros de que gosto, mas ‘Cake’ é o mais querido deles, não há derrota em prêmios que tire o orgulho que sinto por ele”, admite Jennifer. (Carlos Helí de Almeida/AG)
Confira o trailer: