Quinta-feira, 23 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 11 de janeiro de 2017
Geradoras de eletricidade estão fechando usinas nucleares americanas a um ritmo rápido devido à concorrência de fontes mais baratas e a pressões políticas.
A usina de Indian Point, em Nova York, cerca de 35 quilômetros ao norte de Manhattan (EUA), uma das principais fontes de energia da cidade e seus subúrbios, é a vítima mais recente. Sua controladora, a Entergy, informou que fechará as instalações como parte de um acordo com o Estado de Nova York, cujo governador, Andrew Cuomo, há muito tempo critica a usina como sendo uma ameaça à segurança.
Isso elevará para quatro o número de usinas a serem fechadas até 2025, entre elas a PG&E, a usina de Diablo Canyon, na Califórnia, e a Palisades, da Entergy, em Michigan. Quatro outras já foram fechadas nos últimos quatro anos, entre elas a usina Kewaunee, da Dominion Resources, no Wisconsin. Com isso, restarão 61 usinas nucleares em funcionamento nos Estados Unidos até meados da próxima década.
Esse número inclui duas usinas que estão construindo novos reatores. Um pequeno número de usinas nucleares foram fechadas, no passado, devido a preocupações de segurança ou à necessidade de reparos caros. A novidade, agora, é o número de usinas fechadas que foram licenciadas e estão em condição operacional, mas que não são mais lucrativas.
As usinas nucleares geraram 20% da eletricidade nos Estados Unidos nos últimos 12 meses, atrás do gás natural, com 35%, e do carvão, com 30%, segundo dados oficiais. As contribuições remanescentes foram a energia hídrica, com participação de 7%, eólica, com 6%, e energia solar, com 1%.