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| Uso de adoçante nos Estados Unidos dispara em uma década e preocupa especialistas

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Nutricionistas e cientistas afirmam não haver benefícios em aumento do consumo de adoçantes. (Crédito: Reprodução)

Em uma década, o consumo de adoçantes entre os americanos disparou. Entre os adultos, o uso diário ou quase diário foi de 27% para 41% – aumento de mais de 50%. Entre as crianças e adolescentes, o crescimento foi ainda maior, de 200% (de 9% para 25%).

Os dados fazem parte de uma pesquisa realizada por cientistas de diversas instituições dos Estados Unidos a partir de dados coletados pelo governo entre 2009 e 2012, que contou com quase 17 mil respostas de adultos e jovens. Nos Estados Unidos quase 40% da população adulta é obesa. A comparação foi feita com a mesma pesquisa feita em 1999/2000.

Os resultados foram publicados na revista Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics. A grande escalada no uso de adoçantes e de produtos que os contêm causou preocupação nos cientistas, que agora levantam a cimportância de estudar os efeitos do uso da substância em longo prazo, coisa ainda desconhecida em humanos.

No Brasil, não existem estatísticas oficiais a respeito, mas, segundo especialistas, a tendência é a mesma. Até a década de 1980, os adoçantes só eram vendidos em farmácias e indicados para pessoas com diabetes. A expansão do uso para pessoas que queriam perder peso veio no fim daquela década, explica a nutricionista Rosana Farah. “Virou uma alternativa para quem quer reduzir as calorias da dieta e não abre mão do sabor doce”, diz.

No entanto, há pesquisas que indicam que as substâncias não são tão inertes quanto se pensava. Em um estudo com moscas, observou-se que a sucralose (um dos adoçantes de maior aceitação entre consumidores) provocou um aumento (reversível) na ingestão calórica de 30% em comparação com os insetos que tinham açúcar na dieta.  Se o mesmo valer para humanos, será uma arapuca fisiológica: com o adoçante, o organismo se encarregaria de buscar uma compensação pelo paladar doce sem as calorias correspondentes.

“Não dá para enganar o cérebro”, afirma Sophie Deram, nutricionista especialista em comportamento alimentar. “Não há comprovação de que adoçantes são substâncias nocivas e não é preciso travar uma guerra contra eles, mas é saudável diminuir o paladar doce.

A pessoa às vezes nem sabe quantas gotas de adoçante põe no café. Algumas colocam um jato – e adoçante não é água.” Ela diz que muito do que uma boa nutrição pode oferecer é perdido quando o debate é reduzido à economia de calorias. “As pessoas têm de fazer as pazes com a comida.”

O raciocínio é semelhante ao de Rosana: “O trabalho necessário é reeducar o paladar, ensinar as pessoas a sentirem o sabor dos alimentos. Quando uma pessoa enche o café de açúcar ou adoçante, elas não sentem o sabor de verdade”, exemplifica. (Folhapress)

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https://www.osul.com.br/uso-de-adocante-nos-estados-unidos-dispara-em-uma-decada-e-preocupa-especialistas/ Uso de adoçante nos Estados Unidos dispara em uma década e preocupa especialistas 2017-01-13
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