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Por Redação O Sul | 29 de janeiro de 2017
A Justiça Federal dos EUA aceitou, na noite deste sábado (28), um pedido da ACLU (União Americana pelas Liberdades Civis, na sigla em inglês) para suspender as deportações de refugiados e cidadãos de países de maioria muçulmana barrados nos aeroportos americanos após decreto assinado pelo presidente Donald Trump.
A ação foi interposta depois que dois iraquianos foram detidos na noite de sexta-feira (27) no aeroporto John F. Kennedy, em Nova York. O grupo estima que entre 100 e 200 pessoas foram afetadas até o momento pelo decreto. Nomeada pelo ex-presidente Barack Obama, a juíza Ann M. Donnelly, da Corte Federal do Brooklyn, afirmou em sua sentença que a implementação da ordem de Trump e o envio dos viajantes de volta para seus países pode causar a eles “danos irreparáveis”.
A magistrada cobrou ainda que o governo faça uma lista com os nomes de todas as pessoas retidas nos aeroportos do país nos últimos dois dias. Assinada na sexta-feira, a medida de Trump suspende a entrada de refugiados em território americano por pelo menos 120 dias e impõe estritos novos controles durante três meses contra viajantes procedentes de Irã, Iraque, Líbia, Somália, Síria e Iêmen.
Mais cedo, Trump afirmou que sua ofensiva contra a imigração muçulmana está funcionando “muito bem”. “Está funcionando muito bem. Vê-se nos aeroportos, vê-se em todas as partes”, disse a jornalistas. A medida gerou protestos nos aeroportos de Nova York, Washington, Chicago, Minneapolis, Denver, Los Angeles, San Francisco e Dallas.