Beleza natural: a profissional de educação física Ketula Mello volta a desfilar pela Porto da Pedra neste ano. (Foto: Reprodução)
Gasparotto
João Roberto Kelly, compositor de inúmeros sucessos de carnaval, entre outros a “Cabeleira do Zezé” e “Mulata Bossa Nova”, que fazem tanto sucesso como nos anos de seus lançamentos, comenta as acusações de que suas músicas são preconceituosas. Enfatizando que carnaval é fantasia e alegria, diz que acha injusto o patrulhamento. Completa: “Acho que deveriam se preocupar com música que fala palavrão, que incita a violência”.
A polêmica vai ganhar espaço durante o tríduo de Momo, pois a escola Porto da Pedra já avisou que desfila com enredo baseado nas marchinhas criticadas e que não leva em conta o politicamente correto. O carnavalesco Jaime Cezário, responsável pelo desfile da escola, vai criar uma das alas chamada “Maria Sapatão”, em que as participantes entram na Sapucaí usando jaqueta de general, saia nas cores do arco-íris e botinas. Por sua vez, “O Teu cabelo não nega” será celebrado com um carro levando uma mulata translumbrante.
Por sua vez, a querida Imperatriz Leopoldinense, do Rio de Janeiro, está sendo bombardeada com protestos do pessoal do agronegócio que teme má repercussão do tema “Xingu, o clamor que vem da floresta”, que vai abordar desmatamento e o uso de agrotóxicos que estão contaminando matas, rios e tirando a vida dos índios.
O ator Sérgio Marone, que se confessa avesso ao carnaval, aceitou integrar o tema Xingu, que lhe interessou muito. Tem uma forte ligação com o Parque Indígena no Xingu e vai desfilar no carro alegórico com sertanistas e integrantes da família Villas-Bôas, clã que se dedica a proteção dos índios.
O compositor de sucessos de Carnaval, João Roberto Kelly. (Foto: Reprodução)
O ator Sérgio Marone, que vai desfilar em um lugar de destaque na Imperatriz Leopoldinense, e o carnavalesco Cahê Rodrigues. (Foto: Reprodução)