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Por Redação O Sul | 24 de março de 2017
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, declarou na quinta-feira (23) que o governo elevará impostos para cumprir a meta fiscal deste ano. Em entrevista, o ministro disse que uma parte do rombo de R$ 58,2 bilhões será coberta com aumento de impostos já existentes.
“Uma parte dessa diferença será cumprida com mais cortes de gastos e uma parte será aumento de impostos”, disse ele, citando, por exemplo, PIS/Cofins e a reoneração de algumas isenções fiscais que foram concedidas e que não tiveram efeito produtivo segundo ele, como desonerações a alguns setores. Em outras ocasiões, Meirelles se esquivou de confirmar aumento de impostos, falando que o governo tomaria essa decisão caso fosse de fato necessária.
Inflação
Ele também deixou a porta aberta para a fixação de uma meta de inflação menor ou de uma banda de tolerância também mais estreita caso haja a avaliação de que isso não forçará o Banco Central a ser mais duro em relação aos juros.
Questionado sobre a diminuição da meta de inflação e da margem de tolerância para o avanço de preços na economia, Meirelles reconheceu haver possibilidade de mudança. O tema será definido em junho, quando o alvo de 2019 será definido em reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional).
“Se ficar claro, por exemplo, que pode-se de fato fixar uma meta mais baixa sem prejudicar a economia no sentido de forçar o Banco Central a apertar mais excessivamente, se tudo caminhar da melhor maneira possível daqui até lá, é uma boa possibilidade”, afirmou. A meta de inflação para 2017 e 2018 é de 4,5%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. (Folhapress)