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Por Redação O Sul | 24 de março de 2017
O ex-presidente do Egito Hosni Mubarak foi libertado nesta sexta-feira (24). A Justiça autorizou a sua soltura em 13 março. Ele deixou o Hospital Militar de Maadi, onde estava detido, e seguiu para a sua casa.
A principal corte de apelações do país considerou o ex-presidente, de 88 anos, inocente no caso do assassinato de 239 manifestantes durante a revolta em 2011, que fez parte da Primavera Árabe. As vítimas morreram em um confronto das forças de segurança semanas antes de Mubarak ser forçado a deixar o poder.
Mubarak foi preso inicialmente em abril de 2011, dois meses após deixar o governo, e desde então esteve em prisões ou em hospitais militares sob forte vigilância. Ele havia sido condenado à prisão perpétua em 2012 por conspirar para assassinar os manifestantes, semeando o caos e criando um vácuo de segurança durante uma revolta de 18 dias iniciada em janeiro de 2011, que culminou com sua deposição.
Um tribunal de apelação ordenou a organização de um novo julgamento, mas a procuradoria apelou da decisão e ordenou mais uma revisão na maior corte de apelação do país. No julgamento do início de março, Mubarak e seu ministro do Interior foram acusados de providenciar veículos e armas usados para atacar os ativistas e de não adotar ações para evitar mortes.
Sentado em uma cadeira de rodas dentro da jaula dos réus, e sem seus óculos escuros característicos, ele respondeu: “Isso não aconteceu”. O tribunal também rejeitou as demandas dos advogados das vítimas para reabrir ações civis, não deixando nenhuma opção para apelação ou novo julgamento.