Por Redação O Sul | 5 de abril de 2017
Em menos de um ano participando de um projeto inédito do SEBRAE/RS, o Franquias RS, a Lends Club Tabuleria não é apenas uma boa novidade no mundo do entretenimento como negócio. É uma oportunidade para novos empreendedores que buscam franquias para investir. A proposta de oferecer uma casa de jogos de tabuleiro no formato de clube, além de ter dado certo na sua primeira unidade, encaminha-se para ser a origem de uma rede com potencial para crescer. Em 2017, já com estrutura capaz de receber os clientes, a microempresa deverá avançar para se tornar franqueadora.
De acordo com o gestor do projeto no SEBRAE/RS Rodrigo Baierle é interessante compreender que, graças a parceria com a Associação Brasileira de Franchising (ABF) e a dedicação dos sócios da Lends, todos os passos do negócio já foram realizados com a perspectiva de criar uma boa ideia para franquear. “Estamos desenvolvendo junto ao empreendedor desde o planejamento de como é a sede até o passo de que poderão comercializar a marca”, observa ele.
Hoje, o SEBRAE/RS está com inscrições abertas para uma nova turma do Projeto Franquias RS. “Consolidamos uma primeira fase, na qual avaliamos o potencial de 30 empreendimentos em se tornar uma rede de franquia. Agora, vamos acompanhar 15 empresários na montagem de seus projetos e, ainda, terá uma terceira etapa em que, de fato, teremos a oferta de novas franquias”, explica Baierle, apontando os próximos passos pelos quais a Lends vai passar, por exemplo.
A volta do tabuleiro
E o que é a Lends Club Tabuleria? É uma casa de jogos de tabuleiro, onde o acervo contempla a maioria dos títulos que estão no mercado. Os associados pagam para enfrentarem adversários reais no local do clube. “A entrada tem o custo de R$ 15,00 por vez. Uma assinatura mensal é de R$ 35,00 e pode ser suspensa a qualquer momento”, conta o jovem Wyllian Hossein, de apenas 22 anos, sócio da empresa com o irmão Lucas, de 24. O clube nasceu porque ambos gostavam de jogar, porém a diversidade de opções e os valores para adquirir esse tipo de entretenimento são muito caros.
“Conhecemos alguns colecionadores em Porto Alegre. Mas os jogadores precisam se conhecer entre si, o que é difícil. Jogos de tabuleiro modernos possuem características novas, são elaborados, exigem estratégia e raciocínio do participante. É bem diferente dos tradicionais com dados e casas para avançar”, ensina Lucas. Hoje, o acervo da Lends chega a 300 jogos. O segredo, diz Wyllian, é que criaram uma metodologia para ensinar aos pagantes como jogar cada exemplar. “Então, o cliente só se preocupa em se divertir”, garante. Na sede, o número de sócios tem variado de 100 a 150. Dos frequentadores, 75% são homens e 25% são mulheres, sendo um público diverso, de famílias a adolescentes.
Vale lembrar, ainda, que uma das principais regras da casa é a proibição de apostas. Associados também podem levar os jogos próprios para testar com outras pessoas. No planejamento dos proprietários, está previsto que colaborem para a criação de uma cultura do jogo de tabuleiro. Não por acaso, a estrutura que estão ainda finalizando, no bairro Cidade Baixa, na Capital, pretendem ter uma loja modelo, com um café atraente o suficiente para gerar mais receita. “Os nossos clientes passam uma quantidade de tempo considerável dentro do clube, pois é comum que os jogos tenham duração mínima de três horas”, esclarecem os diretores.
No projeto junto ao SEBRAE/RS, a Lends validou o seu modelo de negócio e a viabilidade financeira para se tornar franquia, portanto, deverá ter uma expansão positiva baseada já nos números que conquistaram até agora: desde o terceiro mês da primeira loja, a operação se paga. E eles querem expandir a usabilidade dos jogos para outros fins, como dinâmicas empresariais.
