Quarta-feira, 23 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 5 de abril de 2017
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou regras gerais para o funcionamento de serviços de transporte por aplicativos, como o Uber e o Cabify, mas transferiu para os municípios a tarefa de definir normas mais específicas para o serviço. O substitutivo do deputado Daniel Coelho (PSDB-PE) estabeleceu algumas normas básicas. Um destaque alterou trecho do substitutivo que definia o serviço como atividade de natureza privada.
Dessa forma, pela interpretação do relator Daniel Coelho, o serviço passará a ser de natureza pública. Se o projeto virar lei com essa redação, a tese do relator é que o serviço de aplicativo não poderia funcionar enquanto não houvesse regulamentação municipal.
Durante a discussão do projeto, vários parlamentares criticaram o uso de aplicativos como o Uber. O deputado Sílvio Costa (PTdoB-PE), por exemplo, chamou o modelo de “transporte pirata”. “Esse Uber já está proibido na China, na Dinamarca. Ele usa pessoas desempregadas sem proteção social e faz precarização do trabalho”, disse.
Em nota, o Uber afirmou que o projeto aprovado “propõe uma lei retrógrada que não regula o Uber no Brasil, mas tenta transformá-la em táxi, proibindo então este modelo de mobilidade”.