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Por Redação O Sul | 23 de abril de 2017
A recessão, a queda do preço do petróleo, a redução dos gastos do governo e o impacto da Operação Lava-Jato, que investiga o esquema de corrupção envolvendo a Petrobras, empreiteiras e agentes do governo, tiveram efeito devastador no nível de empregos do País.
Um levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo em dez das maiores empresas citadas na força-tarefa mostra que, somente entre funcionários diretos e terceirizados dessas companhias, o corte de vagas entre o final de 2013 (antes da deflagração da Lava-Jato, em março do ano seguinte) e dezembro do ano passado foi de quase 600 mil pessoas. Esse efeito foi ainda maior, quando consideradas as vagas indiretas.
Empresas do setor de óleo e gás, como a Petrobras, foram afetadas pela redução da cotação do petróleo, que hoje está próxima de 50 dólares. Já as grandes construtoras tiveram de lidar com o alto endividamento da população (que deixou de comprar imóveis), e com a conclusão (ou interrupção) de projetos de infraestrutura, diante da crise nas contas do governo.
A estimativa de 600 mil postos encerrados mostra um impacto considerável – equivalente a 5% do total de pessoas que entraram na fila do desemprego entre 2013 e 2016 (11,2 milhões). De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o total de desocupados no País era de 1,1 milhão em dezembro de 2013 e subiu para 12,3 milhões no fim do ano passado.