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Mundo Médicos dos Estados Unidos mudam instrução para a detecção de câncer de próstata

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Após revisão, o grupo verificou um pequeno benefício do exame. (Foto: Reprodução)

Um grupo de cientistas e pesquisadores influentes ligado ao governo norte-americano, o chamado US Preventive Services Task Force, voltou atrás em sua contraindicação de um exame para detectar o câncer de próstata, o PSA. Em 2012, eles afirmaram que o exame de sangue para medir o PSA (antígeno prostático específico, na sigla em inglês) não devia mais ser usado em homens saudáveis.

O teste detecta a elevação de uma proteína produzida pela próstata e é um indicativo de câncer, mas o método é criticado por dar falsos­ positivos, já que uma dosagem alta de PSA também pode ser sinal de infecção ou crescimento benigno da próstata.
À época, a força-­tarefa afirmou que a popularização do teste teve consequências devastadoras, aumentando o número de biópsias e tratamentos, como cirurgias e retirada da próstata, que poderiam ter sido evitados.

Na terça-feira (9), porém, o grupo norte-americano recomendou que os médicos informem os homens de 55 a 69 anos sobre os potenciais benefícios e riscos do exame e afirmou que a decisão de fazê­-lo deve ser individualizada, após discussão entre clínicos e pacientes. A recomendação foi publicada na revista científica Jama, da Associação Médica Americana, e é válida para homens saudáveis que não tiveram câncer e que não têm sinais da doença.

Após revisão de estudos, o grupo verificou um pequeno benefício do exame e um equilíbrio entre os prós e contras. “Para homens mais dispostos a aceitar os potenciais danos, o rastreamento pode ser a melhor escolha. Homens mais interessados em evitar esses danos podem escolher não fazer o exame”, diz o grupo.

A força-­tarefa também notou que há mais homens com baixo risco de câncer optando por fazer um acompanhamento do tumor, com exames de PSA e de toque retal e biópsias, em vez de tratá-­lo agressivamente. Essa abordagem reduz o risco de malefícios do excesso de tratamento, diz o texto.

Na época da contraindicação, a decisão foi criticada e não foi endossada por muitas sociedades médicas, que recomendavam que o exame só fosse feito após discussão com o paciente. Essa é a posição da Sociedade Brasileira de Urologia, da American Urological Association e da American Cancer Society.

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