Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 8 de junho de 2017
O ex-deputado e atual presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, que delatou o mensalão do PT em 2005, disse na quarta-feira (07) que o seu partido vai ficar ao lado do presidente Michel Temer (PMDB) e vai trabalhar para recusar uma eventual denúncia contra ele oferecida pela PGR (Procuradoria-Geral da República).
“Viemos dizer ao presidente do apoio do Partido Trabalhista Brasileiro a ele, à gestão que vem fazendo, à instituição presidente da República e à pessoa do presidente Michel Temer”, afirmou. Jefferson fez críticas ao inquérito aberto no STF (Supremo Tribunal Federal) para investigar o presidente e afirmou que o Brasil “recuaria 20 anos” se ele deixasse o poder.
“Seria inoportuno [o Tribunal Superior Eleitoral cassar a chapa Dilma-Temer]. Nós vamos jogar o Brasil para trás 20 anos se isso acontecer. Uma crise gravíssima. Se isso acontece, haveria recursos e embargos ao plenário do TSE e do STF. É um ano de luta, e o País anda para trás. É muito ruim, tomara que não venha uma decisão neste sentido”, disse, questionado sobre o julgamento da ação que pede a cassação da chapa vencedora das eleições presidenciais de 2014.
Um senador e 15 deputados petebistas participaram do encontro, no Palácio do Planalto, assim como o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, que também é do partido. Segundo ele, “uma parte” do Ministério Público Federal tem atuado de maneira “extremamente açodada”. O presidente do PTB também criticou a gravação apresentada por Joesley Batista, dono da JBS, em que Temer parece dar aval ao empresário para que ele continue pagando uma mesada ao ex-deputado preso Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
“Quem ouviu aquela gravação sabe que a prova é imprestável. Ela não foi periciada até hoje. Tem aberto um inquérito contra o presidente da República sem a perícia de uma prova que foi obtida por meio ilegal e tem 70 edições”, disse, em referência à conversa de Michel Temer com o dono do Grupo JBS, Joesley Batista.