Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 8 de junho de 2017
A Petrobras pediu ao juiz Sérgio Moro ressarcimento dos valores pelos crimes atribuídos ao processo do apartamento triplex que, segundo a Lava-Jato, pertenceria ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em documento protocolado na Justiça Federal de Curitiba na terça-feira, a Petrobras se manifestou em relação às alegações finais do MPF (Ministério Público Federal) no processo e ainda disse ter acatado “parcialmente” as alegações finais. Moro está julgando o caso em primeira instância, após as alegações finais da defesa de Lula e do MPF.
Na petição, a Petrobras pede ainda que seja “fixado um valor mínimo de reparação de danos em favor da empresa”, com a necessária correção monetária e incidência de juros. A empresa não fala em valores.
A Lava-Jato estima que o esquema de corrupção atribuído ao caso provocou prejuízos de até R$ 87 milhões à estatal, que seria “correspondente ao valor total da porcentagem da propina paga pela OAS”. Os procuradores pediram que Lula devolva o dinheiro aos cofres da empresa.
O MPF alega que os valores foram repassados a Lula por meio da reforma do apartamento tríplex no Guarujá (SP), que pertenceria ao ex-presidente. Ele nega todas as acusações. Em depoimento a Moro no dia 10 de maio em Curitiba, Lula admitiu ter visitado o tríplex em 2014 acompanhado da ex-primeira-dama Marisa Letícia. Contudo, lembrou que o imóvel nunca foi adquirido.