Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de junho de 2017
O presidente Michel Temer pode até ter escapado da cassação pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), como já era esperado, mas sairá dessa briga com menos força para negociar os termos da reforma da Previdência. Integrantes do governo ouvidos pelo jornal O Globo afirmam que o enfraquecimento político do presidente vai obrigá-lo a fazer mais concessões a aliados para conseguir aprovar medidas econômicas.
Esses interlocutores explicam que não foi apenas o PSDB que passou a “jogar” com o Palácio do Planalto depois que Temer foi diretamente envolvido no esquema de corrupção revelado pela delação premiada do dono da JBS, Joesley Batista. Siglas menores, como PR e PSD, e o próprio PMDB na Câmara dos Deputados, passaram a cobrar uma fatura mais alta em troca de apoio às reformas.
Um sinal disso está no programa Avançar, um PAC reduzido, que será lançado ainda em 2017. Originalmente, o governo limitou o valor dos projetos que poderiam ingressar no novo programa e estabeleceu que eles deveriam ser financiados apenas com dinheiro do Orçamento da União, deixando de fora investimentos das empresas estatais. No entanto, a chiadeira foi generalizada, e o Planalto recuou. Obras financiadas por Petrobras e pelo sistema Eletrobras também entrarão.