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Por Redação O Sul | 29 de junho de 2015
De 2013 para cá, surgiram 3.350 sites, em diversas línguas, associando o Brasil à pornografia ou vendendo o País como um bom destino para o turismo sexual. O levantamento, feito pela empresa Axur, mostra que o número de novas páginas supera as 2.165 que o Ministério do Turismo tinha conseguido tirar do ar em 2011 e 2012 pelos mesmos motivos.
A maioria dos novos sites associa o Brasil ou seus símbolos nacionais à pornografia. São 2.576 nessa situação. Outros 555 usam o País para promover a prostituição. Também há 74 deles incentivando o turismo sexual e 124 associando o País à pornografia infantil. Há até mesmo 17 páginas de zoofilia, ou seja, de sexo com animais. Por fim, quatro sites chegam a vender pacotes de turismo sexual para o Brasil.
A cidade do Rio de Janeiro, por ser o principal cartão-postal do Brasil, é a mais vendida quando se trata de turismo sexual. Apesar de ser a mais visada, não é a única. Foi identificada uma página voltada para Fortaleza.
Segundo o Ministério do Turismo, o Brasil recebeu 5,8 milhões de turistas estrangeiros em 2013 e pouco mais de seis milhões em 2014. O ministério não tem estimativa de quantos visitantes vêm ao Brasil motivados pelo turismo sexual. Os números disponíveis são as denúncias do Disque 100, que registrou 5,4 mil ligações para denunciar casos de exploração sexual infantil, principalmente em São Paulo (669), Bahia (487) e Minas Gerais (448).
Eventos
Os grandes eventos, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, estimulam o turismo sexual no País, segundo informações da Axur. O Ministério do Turismo afirma o contrário. Para a pasta, os grandes eventos esportivos ajudaram a reforçar a rede de proteção contra a exploração sexual no Brasil. (AG)