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Brasil O ex-governador do Rio Anthony Garotinho repete 22 vezes a mesma frase e não responde perguntas do juiz

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Garotinho já havia sido preso no ano passado. (Foto: Divulgação)

O ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR) repetiu 22 vezes a frase “tudo que eu disser nessa audiência será usado contra mim”, ficou em silêncio ao ouvir 71 questionamentos e respondeu apenas uma pergunta do juiz Ralph Manhães, da 100ª Zona Eleitoral de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense.

Por uma estratégia da defesa, Garotinho se limitou a esclarecer o que foi perguntado por seus advogados. O ex-governador só respondeu ao juiz quando foi perguntado se havia de fato ameaçado a juíza Gracia Cristina Moreira do Rosário que, em 2011, cassou o mandato de Rosinha Garotinho, então prefeita de Campos — o mandato foi depois restabelecido pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral).

“Se botar aqui a foto (da juíza), eu não sei quem é”, afirmou, ao negar as ameaças.

Garotinho não respondeu a questões do juiz relativas à atuação no PR e ao ponto central do processo em que é réu acusado de usar o programa Cheque Cidadão para comprar votos na eleição municipal de Campos em 2016 e beneficiar vereadores aliados e o candidato a prefeito que ele apoiava, Dr. Chicão, que foi derrotado.

A audiência foi marcada por discussões: de um lado, Garotinho e o advogado Fernando Fernandes; do outro, o magistrado. O ex-governador afirmou, de forma irônica que, às vezes, não sabia “quem era o promotor aqui”. O juiz elevou o tom e perguntou se Garotinho estava debochando. Em outro momento, o magistrado questionou se o advogado o estava acusando de cometer crime de prevaricação. Fernandes havia reclamado que o juiz não havia determinado a apuração de uma suposta coação de testemunha por parte do delegado da Polícia Federal responsável pelo inquérito.
Respondendo aos advogados, Garotinho negou que o cadastro do Cheque Cidadão tenha sido inflado com intuito eleitoral.

“Foi determinado que o programa fosse ampliado até chegar ao número sugerido pelo Conselho Municipal de Assistência Social. Não é ilegal aumentar programa em ano eleitoral. Seria ilegal criar um programa novo”, argumentou.

A audiência foi interrompida às 17h30min, a pedido da defesa, quando o ex-governador manifestou a intenção de entregar um documento ao juiz com supostas denúncias contra integrantes do Poder Judiciário. Garotinho reclamou com os advogados:

“O senhor (advogado) está querendo me convencer a não falar”, afirmou.

Prisão

Anthony Garotinho, foi preso por volta das 10h30min do dia 16 de novembro do ano passado, no Flamengo, na Zona Sul do Rio, por agentes da PF (Polícia Federal). Ele é um dos investigados na Operação Chequinho, que apura o uso do programa social Cheque Cidadão para compra de votos na cidade em 2016. O ex-governador do Rio de Janeiro foi preso em seu apartamento na Senador Vergueiro, de onde teria saído sem algemas, e levado para a sede da PF na Zona Portuária. (AG)

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