Sexta-feira, 24 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 14 de julho de 2017
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, participa da Parada Militar na avenida Champs Élysées, em Paris, na manhã desta sexta-feira (14), dia da festa nacional francesa. O chefe de Estado americano é convidado de honra na comemoração da Queda da Bastilha, que coincide com o centésimo aniversário do engajamento americano na Primeira Guerra Mundial.
A visita de Trump começou na quinta-feira (13), com uma cerimônia militar no Hotel dos Inválidos, um encontro no Palácio do Eliseu e um jantar oferecido pelo presidente francês Emmanuel Macron e sua mulher, Brigitte, no prestigioso restaurante localizado no 2º andar da Torre Eiffel.
Em entrevista coletiva, o presidente francês afirmou, após o encontro de quinta, que os dois chefes de Estado vão continuar discutindo o Acordo de Paris, apesar das diferenças de postura de ambos os países. “Respeito a decisão do presidente Trump. Desta forma, ele irá refletir e trabalhar de forma conveniente e que corresponde aos seus compromissos de campanha. Da minha parte, eu continuo comprometido com o Acordo de Paris”, declarou Macron.
Em junho, o líder americano anunciou a saída dos EUA do acordo, que trata de mudanças climáticas, afirmando que o texto era desvantajoso para os americanos. Em relação ao comentário de Macron, Trump foi evasivo e disse apenas que “algo poderá acontecer” a respeito do Acordo de Paris.
Crise nos EUA
A visita a Paris contribuirá para que o magnata republicano de 71 anos esqueça, ao menos por algumas horas, de seus problemas em Washington. O filho mais velho de Trump é acusado de ter contatos com pessoas supostamente ligadas ao governo russo durante a campanha eleitoral de 2016.
Na quarta-feira (12), o canal americano CNN divulgou um vídeo que mostra Donald Trump em um jantar há quatro anos com figuras-chave do caso sobre a suposta ingerência da Rússia nas eleições, segundo a France Presse. A possível influência da Rússia no processo eleitoral americano é investigado.
Terrorismo e Trump Jr.
Os Estados Unidos e a França pretendem trabalhar juntos contra o terrorismo e pela estabilização da situação da situação no mundo árabe. Ao menos esta é a intenção dos líderes de Trump e Macron, que deram uma entrevista conjunta na quinta-feira em Paris. Pressionado novamente sobre a suposta relação do filho mais velho, o empresário Donald Trump Jr., com uma advogada russa, o presidente voltou a defendê-lo.
Na noite da quarta-feira, em entrevista à agência Reuters, o republicano disse que não culpa o filho por ter realizado a reunião e afirmou que “muitas pessoas teriam realizado esse encontro“. A fala ocorreu dois dias depois de Trump Jr. divulgar os e-mails trocados com o publicitário Rod Goldstone, que intermediou a conversa com a advogada russa Natalia Veselnitskaya em junho do ano passado. Eles teriam negociado informações contra a então candidata democrata à Casa Branca, a ex-senadora Hillary Clinton.