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| A primeira-dama de Minas é personagem central da trama que levantou suspeitas sobre seu marido, o governador de Minas Gerais

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Carolina Oliveira na entidade de serviço social que preside. Crédito: Reprodução

A Polícia Federal ainda tenta entender como foi que a vida da primeira-dama de Minas Gerais, Carolina Oliveira, 31 anos, sofreu tamanha reviravolta em cinco anos. Até 2009, dizem os investigadores, ela atuava como assessora de imprensa em uma empresa de comunicação e seu “maior salário registrado” foi de 4,6 mil reais. Já em 2012, como dona da própria companhia, fechou um contrato que lhe rendia 75 mil reais por mês. Hoje, é personagem central da trama que pôs sob suspeita seu marido, o governador Fernando Pimentel (PT), 64.

Até maio deste ano, Carolina costumava aparecer nos jornais em colunas sociais, marcando presença em eventos de lojas de luxo, ou acompanhando o marido em cerimônias oficiais. Ela começou a carreira como repórter de um jornal em Brasília. Em 2005, deixou a redação para atuar nos bastidores, contratada pela FSB, escritório de assessoria de imprensa. Ficou no grupo por cerca de cinco anos e se desligou após discordar de uma avaliação interna feita sobre os resultados de seu trabalho.

Em 2011, voltou à cena nomeada assessora do presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social), Luciano Coutinho. A instituição é vinculada ao MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio), e Pimentel era o chefe da pasta.
Apesar de registrada como funcionária do banco, Carolina era reconhecida no mercado como a jornalista que monitorava o acesso da imprensa a Pimentel. Ela e o petista se apaixonaram. Carolina trabalhou com o então ministro por dez meses, mas percorreu uma dezena de países nesse período – entre eles França, Inglaterra, Estados Unidos, China, Chile e Peru – em missões oficiais ao lado do chefe.

O burburinho sobre a divergência entre a nomeação como assessora do BNDES e sua atuação junto a Pimentel fez com que a jornalista deixasse o governo. Ela abriu sua própria empresa de comunicação, a Oli. Hoje, a companhia é um dos elos entre a primeira-dama, o governador, empresários e as suspeitas de corrupção, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. Carolina nega qualquer irregularidade nos negócios.

Desde que assumiu o romance com Pimentel, a jornalista se notabilizou nas rodas sociais pelo requinte de seu guarda-roupas e o bom gosto de suas joias. Em julho de 2014, meses antes do início da campanha, acompanhou Pimentel na festa de aniversário de um executivo do ramo de mineração, em Belo Horizonte.

Nas fotos, exibe vestido da grife italiana Emilio Pucci e uma echarpe da maison Louis Vuitton. Só a primeira peça é avaliada em 4 mil reais. O gosto pela alta-costura fez de Carolina cliente reconhecida em lojas de luxo. Ela chegou a viajar com amigas para acompanhar a inauguração de uma filial da Louis Vuitton em Curitiba (PR).

Nos registros do evento, aparece ao lado de Juliana Sabino, gerente da grife francesa em Brasília. Juliana também trocou recentemente o noticiário da alta sociedade pelas páginas de política. Ela é namorada do empresário Benedito Oliveira, o pivô do escândalo que dragou o governo mineiro.

“Bené”, como é conhecido, é amigo de Pimentel. O empresário fez fortuna depois de 2005 em contratos com o governo federal. É dele a gráfica que mais recebeu recursos do comitê do petista ao governo de Minas, em 2014. E foi Benedito também quem motivou as investigações da Polícia Federal sobre a campanha, ao ser flagrado em um avião particular com 113 mil reais em dinheiro, durante a eleição.

A apuração sobre os negócios de Benedito direcionou a Polícia Federal para as contas da campanha de Pimentel e a empresa de Carolina. Os investigadores apuram se houve “simulação de contratação da Oli” para o repasse de valores que, “em última análise, poderiam ter [Pimentel] como destinatário”. E levantaram indícios de que a Oli recebeu pagamentos de empresas que fecharam negócios com o BNDES.
Pessoas próximas dizem que Pimentel e Carolina estão “atordoados”. O governador disse que está sendo “torpedeado” por um grupo que quer dificultar sua gestão. Sustentou que não há provas contra ele, sua mulher ou sua campanha. (Folhapress)

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