Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 31 de julho de 2017
O MPF (Ministério Público Federal) apresentou nesta segunda-feira um recurso contra a sentença que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um dos processos da Operação Lava-Jato. O juiz Sérgio Moro condenou o ex-presidente a 9 anos e 6 meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em razão do triplex no Guarujá, mas absolveu o líder petista das acusações envolvendo o armazenamento do acervo presidencial.
A força-tarefa pede o aumento da pena aos réus do processo e também a condenação de Lula, do ex-presidente da construtora OAS Léo Pinheiro e de Paulo Okamoto, presidente do Instituto Lula, em relação ao armazenamento do acervo. Para o MPF, o serviço foi pago pela OAS.
“A assunção das despesas do ex-presidente Lula pelo Grupo OAS, representado pelo executivo Léo Pinheiro, estava maculada, desde o início, por interesses espúrios e foi praticada com clara intenção criminosa, notadamente a corrupção passiva do ex-presidente Lula e a sua atuação, em diversas frentes, em favor do grupo empresarial”, ressalta o recurso do MPF.
O que diz a sentença
Em sua decisão, Moro afirma que há provas de que Lula recebeu propina da empreiteira OAS no caso do triplex em Guarujá, no litoral paulista. Para o juiz, o imóvel foi entregue ao ex-presidente como contrapartida por contratos fraudulentos que a empreiteira fechou com a Petrobras.
Lula nega as acusações e, na avaliação dos advogados que o representam, Moro teve atuação política na sentença. Por “falta de prova suficiente da materialidade”, o juiz absolveu Lula das acusações de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o armazenamento do acervo presidencial numa transportadora, que teria sido pago pela empresa OAS.