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Por Redação O Sul | 18 de agosto de 2017
Na quinta-feira (17), a quinta edição do Fórum Água é Vida, inserido no Projeto RS Sustentável, da Rede Pampa, teve plateia lotada, no auditório da Prefeitura de Santa Maria, apoiadora do evento, ao lado do Governo do Estado do RS e Corsan.
Sob a mediação do jornalista Armando Burd, da Rede Pampa, a abertura foi marcada pela palavra do prefeito da localidade, Jorge Pozzobom, que mencionou “a felicidade gigantesca de receber o evento na sede da Prefeitura”.
O momento marcou ainda a assinatura de um novo contrato com a Corsan, “sem dúvida nenhuma, o contrato mais complexo que firmamos com a Corsan e que vai elevar em cem por cento a responsabilidade da Companhia com o município”.
Hoje, segundo o prefeito, 52% da população está atendida sob o ponto de vista do esgoto sanitário e os planos são de chegar a 80% em três anos. Com esta renovação de contato, uma das áreas beneficiadas será a de Camobi, que abriga a base aérea e a cidade-universitária. A renovação de contrato se estende por 30 anos. Como atesta Pozzobom, inclui a água não apenas como mais um item de planejamento de sua gestão, mas “como elemento de saúde”.
O secretário de Obras, Saneamento e Habitação, Fabiano Pereira, explanou também e agradeceu à Rede Pampa pela iniciativa do evento, que dá foco à Santa Maria e seu desenvolvimento. “Esta é uma data muito importante para os servidores da Corsan e um momento também importante para a Companhia no RS. Ficamos muito contentes em ser parceiros do Fórum Água é Vida”.
O secretário reiterou que cada real investido em saneamento, quatro reais são economizados em saúde pública, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o que eleva a importância da discussão. Segundo ele, os trabalhos no RS deverão ganhar novo ritmo para atender ao plano de universalização do esgoto sanitário, previsto para 2035. Hoje, o RS tem apenas 14% de sua população atendida com estes serviços.
A palestra inicial coube ao presidente da Corsan Flávio Presser, que mencionou a necessidade de planos de gestão para gerir o setor, o que ele chama de “governança da água”, que inclui regulação pela Agência de Água e pelas Agências de Bacias, regulação em relação aos serviços, além da educação e conscientização pública para um maior empoderamento e construção de uma consciência por parte da sociedade sobre a questão da água como recurso finito.
Sobre Santa Maria, Presser apresentou dados que apontam que o município não vive problemas de escassez, ou como denomina, “crise hídrica”, até porque é abastecido por duas fontes e conta com três barragens, em locais de preservação.Em seguida os painelistas Alexandre Swarowsky, Débora Missio Bayer e Leonardo Veiga debateram a temática escolhida. (Clarice Ledur)