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Brasil Delator disse que o governador do Paraná, Beto Richa, reclamou do baixo valor de propina para a sua campanha

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Político tucano teria sido beneficiado por desvios de verbas destinadas a escolas. (Foto: Reprodução)

O dono da Construtora Valor, Eduardo Lopes de Souza, afirmou no acordo de delação premiada que o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), reclamou dos repasses que teriam sido feitos por meio de caixa 2 para a campanha que o elegeu, em 2014. Conforme o delator, houve uma reunião no Palácio Iguaçu (sede do governo paranaense) para tratar do assunto. O político tucano nega as acusações.

No encontro, além de Richa, estariam presentes o atual presidente da Assembleia Legislativa paranaense, Ademar Traiano (PSDB), e o secretário de Cerimonial e Relações Internacionais, Ezequias Moreira.

Souza disse que não participou da reunião, mas contou que ter sido informado por Traiano, em uma segunda reunião, sobre os assuntos discutidos. Nessa ocasião teriam estado presentes o delator, o deputado e o ex-diretor da Secretaria da Educação, Maurício Fanini, apontado como um dos chefes do esquema de pagamentos ilícitos descoberto na Operação Quadro Negro.

O parlamentar teria dito que Richa questionou o fato de ter recebido apenas R$ 300 mil de Fanini. Nesse momento, o ex-diretor teria ficado transtornado e dito: “O Ezequias não me defendeu? Só para ele, eu dei R$ 3,5 milhões”.

A Construtora Valor, que pertence a Eduardo Lopes de Souza, foi o principal alvo da Operação Quadro Negro. A investigação apura desvios de dinheiro que deveria ser destinado à construção de escolas estaduais no Paraná. De acordo com as investigações, a fraude chega a R$ 20 milhões.

As investigações apontaram que o esquema era coordenado por Fanini. A equipe chefiada por ele na Secretaria da Educação era responsável por elaborar laudos sobre o andamento das obras contratadas pelo governo do Estado junto à Valor. Os técnicos, porém, produziam relatórios em que indicavam que o andamento das obras estava adiantado quando, na verdade, mal tinham saído do papel.

Com esses relatórios, o governo fazia os repasses, já que, em tese, tudo corria bem nos canteiros de obras. Ao todo, a Valor se comprometeu a construir sete escolas estaduais. O valor total dos contratos chega a R$ 32 milhões, somando também os aditivos que foram feitos.

No acordo, o dono da Construtora Valor se comprometeu a apresentar provas de tudo o que disse e abrir mãos de bens. A delação ainda precisa ser homologada pelo ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal). Em troca, o empresário ganhou o benefício de não ser preso e usar tornozeleira eletrônica por dois anos. As citações aos políticos estão sendo apuradas pela PGR (Procuradoria-Geral da República).

Defesa

Em nota, o PSDB do Paraná afirmou que o partido não recebeu qualquer doação de Eduardo Lopes de Souza e disse ainda que Maurício Fanini não participou e nem tinha autorização do partido para a captação de recursos. Segundo a legenda, o comitê financeiro da campanha de 2014 só recebeu doações legais e teve as contas aprovadas pela Justiça Eleitoral.

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