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Brasil A Petrobras pagará mais de 12 bilhões de reais para cobrir o rombo do Fundo de Aposentadoria dos seus funcionários

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Empregados da Petrobras também terão que pagar mais para cobrir o rombo. (Foto: Reprodução)

A Petrobras deverá gastar R$ 12,8 bilhões ao longo de 18 anos para equacionar o déficit do Petros, fundo de pensão da empresa, informou a estatal em comunicado na terça-feira (12). Apenas no primeiro ano, o desembolso previsto para a empresa será de R$ 1,4 bilhão. O acordo ainda prevê o pagamento de R$ 900 milhões pela BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras que está no meio de um processo de oferta de ações na bolsa de valores.

Os fundos de pensão são entidades que administram a aposentadoria complementar dos trabalhadores. O Petros é o fundo dos trabalhadores da Petrobras. Além da Petrobras, os aposentados e funcionários da empresa também terão que pagar uma taxa extra para cobrir o rombo do fundo de pensão.

O início da implementação do programa, aprovado nesta terça-feira pelo Conselho da Petros (Fundação Petrobras de Seguridade Social) está previsto para dezembro de 2017.

Sem impacto no balanço

Segundo a Petrobras, o déficit já está contemplado nas demonstrações financeiras da empresa, não impactando o resultado de 2017. De acordo com o Petros, o déficit teve como principais causas ajustes estruturais de natureza atuarial (como atualização do perfil das famílias e melhoria da expectativa de vida dos participantes e assistidos), acordos e provisões judiciais, além de impactos da conjuntura econômica sobre os investimentos, que refletiram em rentabilidade abaixo da meta atuarial, como ocorreu com boa parte dos fundos de pensão.

O desembolso para equacionar o déficit do fundo de pensão -que será feito paritariamente entre as patrocinadoras Petrobras, BR Distribuidora e Petros e os participantes e assistidos do plano- será decrescente ao longo de 18 anos, acrescentou a estatal.

Após a aprovação pelo Conselho da Petros nesta terça-feira, o plano de equacionamento será avaliado pelo Conselho de Administração da Petrobras e encaminhado à Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest).
Caso o Sest se manifeste favoravelmente, o plano deverá ser implementado pela Petros em até 60 dias, informou a petroleira.

Investimentos investigados

O Petros é um dos fundos de pensão que tem investimentos investigados na operação Greenfield. Na sua delação premiada, o empresário Joesley Batista revelou que pagou propina a gestores dos fundos de pensão em troca de investimentos dessas instituições nas empresas do grupo.

O Petros foi um dos fundos que investiu na Eldorado Celulose, empresa do grupo de Joesley – a companhia foi vendida no início do mês.

Quando o tema foi à tona, o Petros afirmou que estava investigando internamente os investimentos decididos durante a gestão dos dirigentes mencionados na delação de Joesley Batista e que a atual gestão está reforçando a governança e a transparência. (AG)

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