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Brasil A Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão no apartamento do ministro da Agricultura

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Na avaliação de Blairo Maggi, há espaço para reduzir algumas rotinas dos auditores dentro dos frigoríficos. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A PF (Polícia Federal) cumpriu, na manhã desta quinta-feira (14), mandado de busca e apreensão no apartamento do ex-governador de Mato Grosso e atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), na Asa Sul, zona nobre de Brasília. Policiais federais também fizeram diligências em São Paulo e no Mato Grosso.

Os mandados de busca fazem parte da Operação Malebolge, 12ª fase da Ararath, que desmantelou um esquema de corrupção em Mato Grosso. As ordens judiciais foram expedidas pelo ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República).

Ao todo, foram cumpridos mandados em 64 endereços. Em Mato Grosso, houve diligências em nove municípios: Cuiabá, Rondonópolis, Primavera do Leste, Araputanga, Pontes e Lacerda, Tangará da Serra, Juara, Sorriso e Sinop.

Fux ordenou buscas na casa e no gabinete do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB). Emanuel foi flagrado em um vídeo gravado na sala do então chefe de gabinete do ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa (PMDB) enchendo os bolsos do paletó de dinheiro, deixando até cair no chão. Ele, em seguida, se agacha e junta os maços de dinheiro.

O ministro do STF também determinou o afastamento de conselheiros do Tribunal de Contas do Mato Grosso. Policiais também cumpriram mandados no gabinete do deputado Ezequiel Fonseca (PP-MT) na Câmara. Segundo a assessoria da PF, há 270 policiais federais e procuradores da República envolvidos na operação desta quinta-feira.

A assessoria de Blairo no Ministério da Agricultura informou  que só irá se manifestar sobre as buscas em endereços do ministro por meio de nota.

Delação

Em depoimento em seu acordo de delação premiada, Silval Barbosa acusou Blairo Maggi de participar de um esquema de corrupção no Estado. O ex-governador do MT acusa ministro da Agricultura de Temer de corrupção.

Silval relatou ao Ministério Público Federal que o senador Cidinho Santos (PR-MT) prometeu ajuda de Blairo, do atual governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), e do senador Wellington Fagundes (PR-MT) para que ele não fizesse delação premiada. O acordo acabou sendo feito e foi homologado pela Justiça. A colaboração premiada de Silval foi homologada em agosto por Fux.

Na delação, Silval contou à Procuradoria-Geral da República como funcionava o esquema de corrupção no governo de Mato Grosso. O delator foi vice-governador no segundo mandato de Blairo – de 2007 a 2010. Em 2010, Silval assumiu o governo mato-grossense, quando Blairo se desincompatibilizou do Executivo estadual para concorrer ao Senado. No mesmo ano, o delator foi reeleito.

Silval foi preso exatamente há dois anos, em 14 de setembro de 2015, acusado de recebimento de propina na distribuição de incentivos fiscais. Ele permaneceu quase dois anos na cadeia, mas foi autorizado a ficar preso em regime domiciliar em junho deste ano.

O ministro da Agricultura é investigado na Operação Lava-Jato por suposto recebimento de R$ 12 milhões em sua campanha à reeleição, em 2006, com base em relatos de delatores da construtora Odebrecht. O governo Temer tem dez ministros investigados no Supremo. (AG)

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https://www.osul.com.br/policia-federal-cumpre-mandado-de-busca-e-apreensao-no-apartamento-do-ministro-da-agricultura-blairo-maggi/ A Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão no apartamento do ministro da Agricultura 2017-09-14
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