Sábado, 16 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 23 de setembro de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Vivemos em um país tomado por grupos políticos avessos e refratários a críticas. Alguns, ainda, buscam reprimir nosso direito de opinar, pensar, divergir e criticar. Não é novidade que estamos passando por um período nebuloso nas esferas tanto econômica quanto política e social. Pensar diferente daquilo que nos está sendo imposto nessa bolha de verdades absolutas nos intitula segregadores. O mundo presencia uma reviravolta no que se trata da busca da juventude por identificação e aceitação, e esses mesmos grupos políticos, que querem nada mais do que o poder, veem nos jovens um instrumento de militância… muito perigoso.
Parte dos jovens costuma ter visão mais simplista e romântica do mundo, imbuídos de um pensamento coletivista que justifica tudo pelo bem-estar social. O simplismo pode ser proveitoso para a retórica ideológica, mas em debates sérios se exige mais humildade, item escasso quando se trata de juventude. A ditadura do politicamente correto imposta a nossa sociedade com um discurso progressista, porém, visivelmente autoritário, virou obsessão. Esse patrulhamento incansável tem colocado a liberdade em risco. O discurso contrário não é tolerado, mas sim visto com repúdio. Restringir a liberdade de expressão somente a alguns membros da sociedade ameaça o progresso que tantos prezam defender.
Não podemos permitir que oportunistas transformem essas utopias simplistas em crenças fanáticas que enaltecem questões como homofobia, racismo e luta de classes. O projeto de conquista de poder está em um estágio avançado principalmente no que se refere à penetração cultural e à socialização da opinião, esmagando a independência cultural e ideológica. Vivemos em uma sociedade plural, rica em ideias e indivíduos que só têm a agregar. Não podemos deixar que o coletivismo se torne uma praga que tem por objetivo a intensa doutrinação ideológica, destroçando toda uma geração. Está mais do que na hora de mudarmos, de refletirmos quem somos e que legado gostaríamos de deixar para as futuras gerações. Se vamos lutar, que seja pela liberdade, que seja pelo orgulho de sermos únicos, e que a individualidade do outro seja respeitada e garantida.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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