Por Redação O Sul | 27 de setembro de 2017
O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (27) que começou a construir oito protótipos de um muro na fronteira com o México. Trata-se do início da concretização de uma das principais e mais polêmicas promessas de campanha do presidente Donald Trump.
As estruturas de teste, que devem ficar prontas em 30 dias, terão até 9 metros de altura e comprimento.
Em comunicado, o órgão norte-americano de Proteção de Fronteiras e Alfândega informou que quatro protótipos serão feitos de concreto. Nos outros, o governo usará “materiais alternativos”.
A ideia é experimentar tipos de barreira na região de San Diego (EUA). Os funcionários passarão três meses na análise da efetividade de cada opção e testarão a resistência das matérias-primas para vedar perfurações.
Quatro empresas ficarão responsáveis pelos protótipos. Com a estratégia definida para o muro, o governo acrescentará câmeras e sensores ao projeto final, que deve reunir características de diferentes técnicas. Os funcionários começaram a trabalhar na terça-feira (26) em uma área cercada por correntes, em Otay Mesa, na Região Metropolitana da fronteira entre San Diego e Tijuana (México). O lugar foi escolhido por ser um terreno federal, que não exige autorizações e desapropriações. É uma região desértica do lado norte-americano.
“Estamos comprometidos a proteger nossa fronteira, e isso inclui a construção de um muro. Nossa estratégia é garantir a segurança da população americana com barreiras, infraestrutura, tecnologia e pessoal”, destacou Ronald Vitiello, comissário interino do órgão. “Avançar com os protótipos nos permite continuar a incorporar todas as ferramentas necessárias para garantir nossa fronteira”, disse.
Cada parede, apurou a rede britânica BBC, custará US$ 450 mil (R$ 1,4 milhão). Fundos federais confirmaram que pagarão a conta. Ainda assim, não há acordo sobre o US$ 1,5 bilhão (R$ 4,7 bilhões) solicitado por Trump ao Congresso para construir o muro.
Durante a campanha, o presidente norte-americano ressaltou que o México custearia a barreira – iniciativa negada pelo governo vizinho.
A gestão Trump ainda precisará enfrentar a resistência de autoridades da Califórnia. O procurador-geral do Estado entrou na Corte federal com um pedido, na semana passada, de que o governo passou por cima dele iniciou ao iniciar os trabalhos sem parecer ambiental e outras requisições legais.
Uma vez construídos os protótipos, o restante do projeto está no ar. Trump ainda não conseguiu que o Congresso aprove os fundos necessários para cumprir o grande slogan de sua campanha.
