Terça-feira, 21 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 13 de outubro de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Sabemos das dificuldades encontradas pelo nosso município de Porto Alegre para honrar seus compromissos financeiros com os servidores públicos, fornecedores e demandas básicas da nossa cidade.
Não acredito que somente a boa vontade da prefeitura em resolver essa triste situação seja suficiente para, em curto prazo, avançar nas melhorias e consequentemente apresentar melhores resultados.
Por outro lado, é importante caminhar na direção certa e, com isso, fazer melhorias e cortes pouco a pouco, para que consigamos sair deste lamaçal em que administrações anteriores nos colocaram.
Na campanha da última eleição para prefeitura da capital gaúcha, nosso atual prefeito mencionou a necessidade de diminuir o tamanho do Estado e não onerar ainda mais o “seu João e a dona Maria” com aumentos de impostos. Além da defesa pelo não aumento da carga tributária, muito se discursou sobre a privatização da empresa de transportes públicos Carris, que até hoje segue gerando prejuízos aos cofres públicos – estimados em mais de R$ 50 milhões ao ano.
Dias atrás, acompanhamos na Câmara Municipal a votação do projeto para aumento das taxas do IPTU, medida que não foi bem vista pela sociedade porto-alegrense, inclusive pelo seu secretário de Desenvolvimento Econômico, que pediu exoneração do cargo.
Muito do que acabamos vendo desde o início da atual prefeitura foram ações contrárias aos discursos prévios, mesmo que tenhamos certeza da boa intenção para encontrar solução para o cenário atual.
Devemos seguir pensando em desenvolver a nossa cidade e optar por modelos que deram certo, para definir o caminho a ser seguido, mas não se pode ter medo de cortar na carne. Não foi essa a intenção da população na última eleição?
Mais do que isso, talvez a prefeitura não precise ter resposta para tudo, mas precisa ter coragem para corrigir os erros do passado. Certamente, lutar por menos carga tributária para o cidadão, deixando que sobre mais dinheiro para fazer o que bem entender, seria o início de um caminho esquecido.
Consultor em segurança, empresário e associado do IEE
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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