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Brasil Aécio Neves escreveu uma carta aos colegas, pedindo apoio para retomar o mandato de senador

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Parlamentar tucano questionou a validade das investigações contra ele. (Foto: Agência Brasil)

Antes de decidirem no plenário do Senado, nessa terça-feira, reverter o afastamento do mandato de Aécio Neves (PSDB-MG), imposto pela Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal), os colegas receberam uma carta do parlamentar tucano. No texto, ele se defendeu das acusações de que teria solicitado e recebido dinheiro de propina do dono de Joesley Batista, um dos donos do grupo JBS/Friboi junto com o seu irmão Wesley Batista.

O documento também atacou os executivos do conglomerado empresarial do ramo de frigoríficos, por supostamente promover gravações com o único objetivo de incriminar Aécio. O senador tucano alegou que as medidas cautelares foram determinadas pela Corte sem que ele tivesse oportunidade de se defender.

“Caro colega, talvez você possa imaginar a minha indignação diante da violência a que fui submetido e o sofrimento causado a mim, à minha família e a tantos mineiros e brasileiros que me conhecem de perto em mais de trinta anos na vida pública, como parlamentar e como governador de Minas Gerais”, diz o primeiro parágrafo da mensagem.

“A determinação dessas cautelares, sem que sequer houvesse denúncia aceita contra mim, e o mais grave, sem que eu sequer pudesse apresentar as provas de minha defesa, se sustenta em uma gravação feita de forma clandestina, portanto criminosa, por um réu confesso, Joesley Batista, em busca dos extraordinários benefícios de sua delação premiada, agora interrompida”, frisou.

No documento, o parlamentar descreve nove pontos assinados pelo seu advogado, Alberto Zacharias Toron, argumentando que parte das gravações foram omitidas pelos delatores. Nesses trechos, alega a defesa, fica comprovado que Aécio procurou Joesley com o objetivo de vender um apartamento e que partiu de Joesley a “sugestão de empréstimo pessoal” de R$ 2 milhões, que não envolvem dinheiro público e propostos como “contrapartida a essa venda”.

Após a divulgação de áudios em que o parlamentar se refere a colegas da Casa e também da Câmara dos Deputados com linguagem grosseira, Aécio voltou a se desculpar pela atitude. “Já me desculpei, e volto a fazê-lo, e me penitencio diariamente pelos termos inadequados que utilizei naquela conversa que imaginava privada, sabendo que nem isso os justifica”, argumentou. “Mas reitero que não cometi qualquer crime.”

Na carta, ele classifica o processo contra ele de “trama ardilosa e construída, como se sabe agora, com a participação de agentes públicos ligados à Procuradoria Geral da República, ao lado de empresários inescrupulosos que não se constrangem em acusar pessoas de bem para obter os benefícios que buscavam”.

No trecho seguinte, ele volta a levantar a bandeira de que não cometeu os crimes pelos quais foi denunciado. “O que eu peço é, única e exclusivamente, aquilo a que tem direito qualquer cidadão e que não deve ser retirado de alguém pelo fato de ser detentor de mandato eletivo, ou seja. a oportunidade de apresentar a minha defesa e de provar a minha inocência, sem pré-julgamentos e sem sentença antecipada”, acrescentou.

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https://www.osul.com.br/aecio-neves-escreveu-uma-carta-aos-colegas-pedindo-apoio-para-retomar-o-mandato-de-senador/ Aécio Neves escreveu uma carta aos colegas, pedindo apoio para retomar o mandato de senador 2017-10-17
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