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Por Redação O Sul | 20 de outubro de 2017
A prévia da inflação oficial do País, medida pelo IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 ), ficou em 0,34% em outubro, informou nesta sexta-feira (20) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em relação ao mês anterior, a taxa apresentou avanço de 0,23 ponto percentual.
No acumulado do ano, o índice chegou a 2,25%, inferior aos 6,11% verificados no mesmo período de 2016. De acordo com o IBGE, essa foi a menor taxa acumulada entre janeiro e outubro desde 2006, quando ficou em 2,22%. Nos últimos 12 meses, o índice ficou em 2,71%, acima dos 2,56% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Segundo o IBGE, o que mais influenciou o avanço do IPCA-15 de outubro em relação a setembro foram os preços dos combustíveis, sobretudo o do botijão de gás, que sofreu alta de 5,72% no período. Em setembro, a inflação oficial do País, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), teve variação positiva de 0,16%, abaixo do registrado em agosto, quando o índice foi de 0,19%.
O IBGE destacou que o aumento de 5,72% no preço do botijão de gás foi o maior registrado para o produto desde outubro de 2015. Entre setembro e outubro, a Petrobras anunciou três reajustes nas distribuidoras para o botijão de gás de 13 quilos: 12,2% a partir de 6 de setembro; 6,90% a partir de 26 de setembro e 12,9% a partir de 11 de outubro.
Os reajustes no preço do botijão de gás impactaram diretamente os preços da categoria habitação, do qual faz parte, que teve alta de 0,66% e impactou o índice total com 0,10 ponto percentual. O avanço da inflação para este grupo também foi influenciado pelo reajuste de 4,33% da taxa de água e esgoto na Região Metropolitana de Fortaleza.
Já a energia elétrica, que tem forte impacto na composição do índice na categoria de habitação, apresentou queda de 0,15% e as variações oscilaram entre -1,82%, na Região Metropolitana de Porto Alegre e 3,77% em Salvador.
Transportes
Ainda de acordo com o IBGE, a influência dos itens da habitação só foi menor do que a do grupo transportes, afetado também pelos reajustes nos combustíveis. Entre setembro e outubro, o preço da gasolina teve alta de 1,45%. Pesou também o aumento de 7,35% nos preços das passagens aéreas.
Alimentos em queda
O grupo dos alimentos, conforme destacou o IBGE, registrou queda de 0,15% em outubro. A queda foi menos intensa do que a de 0,94% observada em setembro. Os alimentos para consumo no domicílio ficaram, em média, 0,34% mais baratos em outubro na comparação com o mês anterior.
Os principais recuos nos preços foram de produtos como alho (-9,88%), feijão-carioca (-5,95%), açúcar cristal (-3,63%) e leite longa-vida (-3,52%). No lado das altas, sobressaem-se as carnes (0,54%) e as frutas (1,40%). Já a alimentação fora de casa (0,18%) teve oscilações entre -2,18% em Brasília e 2,67% na Região Metropolitana de Curitiba.
Por região
Segundo o IBGE, a Região Metropolitana de Curitiba ficou com o resultado mais elevado do IPCA-15 em outubro, com alta de 0,66%. Lá, a alimentação fora de casa subiu 2,67%, acima da média nacional de 0,18%, e a gasolina ficou 1,26% mais cara. A queda mais intensa ocorreu na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (-0,08%), onde destacaram-se as baixas em ônibus urbano (-3,23%) e alimentação fora de casa (-1,31%).