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Brasil Aluno de escola em Goiânia faz ao menos 11 disparos, mata dois colegas e fere quatro

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Colégio Goyases, em Goiânia. (Foto: Divulgação)

Um estudante de 14 anos atirou, por volta das 11h50min desta sexta-feira (20), dentro do Colégio Goyases, escola particular de ensino infantil e fundamental, em Goiânia (GO). De acordo com o Corpo de Bombeiros e Polícia Militar, dois estudantes morreram e outros quatro ficaram feridos na unidade, localizada no Conjunto Riviera, bairro de classe média. A unidade de ensino oferece aulas até o nono ano do ensino fundamental, com mensalidades em torno de R$ 500.

Testemunhas relataram que o adolescente, que cursa o 8º ano e é filho de policiais militares, estava dentro da sala de aula e, no intervalo, tirou da mochila a arma, uma pistola .40, que pegou da mãe em casa, e efetuou ao menos 11 disparos. Em seguida, quando ele se preparava para recarregar o revólver, foi contido por alunos e professores.

O suspeito dos disparos está apreendido, segundo confirmou o coronel da Polícia Militar Anésio Barbosa da Cruz. “Informações preliminares dão conta que ele estaria sofrendo bullying, se revoltou contra isso, pegou a arma em casa e efetuou os disparos”, disse.

Um aluno de 15 anos, que estava na sala no momento do tiroteio, também contou que o adolescente era vítima de chacotas.

“Ele sofria bullying, o pessoal chamava ele de fedorento, pois não usa desodorante. No intervalo da aula, ele sacou a arma da mochila e começou a atirar. Ele não escolheu alvo. Aí todo mundo saiu correndo”, relatou o estudante.

Luto

Na tarde desta sexta, o presidente Michel Temer lamentou nas redes sociais a tragédia em Goiânia. Ele se disse “consternado” e expressou “solidariedade às famílias”.

Bullying

A ocorrência em Goiânia aconteceu justamente no Dia Mundial de Combate ao Bullying.

Segundo pesquisa realizada pelas Nações Unidas no ano passado com 100 mil crianças e jovens de 18 países, em média, metade deles sofreu algum tipo de bullying por razões como aparência física, gênero, orientação sexual, etnia ou país de origem.

No Brasil, esse percentual é de 43%, taxa semelhante a outros países da região: Argentina (47,8%), Chile (33,2%), Uruguai (36,7%) e Colômbia (43,5%).

Os números constam no relatório “Pondo fim à tormenta: combatendo o bullying do jardim de infância ao ciberespaço”, realizado pelo representante do secretário-geral da ONU para o combate à violência contra a criança e pelo UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância).

“O bullying é uma experiência danosa, apesar de evitável, para muitas crianças no mundo. Não importa como seja definida, as pesquisas internacionais recentes com crianças relatam uma taxa entre 29% e 46% de crianças alvo de bullying nos países estudados”, diz o relatório.

Segundo o documento, evidências mostram que tanto as vítimas como os perpetuadores desse tipo de violência na infância sofrem em termos de desenvolvimento pessoal, educação e saúde, com efeitos negativos persistindo na vida adulta.

“Quando as crianças são afetadas pelo bullying, elas não conseguem tirar vantagens das oportunidades de desenvolvimento aberta a elas nas comunidades e escolas nas quais vivem”, conforme o relatório.

O estudo mostrou que o bullying é um fenômeno complexo que toma múltiplas formas, e é experimentado de diversas formas no mundo. Normalmente definido como provocação, exclusão ou violência física, em torno de um em cada três crianças em idade escolar no mundo informaram ter passado por alguma experiência envolvendo bullying ao menos uma vez nos meses precedentes.

O fenômeno também é mais comum entre crianças de idade escolar em países mais pobres, e na maior parte dos países os meninos e crianças mais jovens enfrentam o problema mais frequentemente.

Tiros em escolas

O Brasil não é um local onde aconteçam tantos casos do gênero, mas o desta sexta-feira não foi o único.

Um dos últimos e mais chocantes ocorreu no Rio de Janeiro, em 2011, quando um homem de 23 anos entrou em uma escola municipal, no bairro de Realengo e atirou contra alunos em salas de aula lotadas, matando 12 adolescentes. Na ocasião, o atirador se suicidou após a ação.

O crime aconteceu por volta das 8h30min da manhã. Ele era ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, local das mortes, e entrou dizendo que faria uma palestra.

 

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