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Brasil A reforma da Previdência tem que ser completa para não voltar ao Congresso no futuro, diz o ministro da Fazenda

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Segundo Meirelles, uma reforma mais enxuta pode levar pontos do projeto a serem rediscutidos em um futuro próximo. (Foto: Agência Brasil)

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta sexta-feira (03) que a aprovação da reforma da Previdência precisa ser completa para que o assunto não precise voltar nos próximos anos ao Congresso.

Meirelles disse que defende a proposta aprovada na comissão especial da reforma da Previdência no Congresso. Segundo ele, uma reforma mais enxuta pode levar pontos do projeto a serem rediscutidos em um futuro próximo. “A reforma agora precisa ser completa e suficiente para que o assunto não precise voltar mais tarde para o Congresso”, declarou.

Meirelles voltou a defender a aprovação da reforma como solução para que as pessoas tenham garantia de que receberão suas aposentadorias no futuro.

Impostos

Ao ser questionado se haveria aumento de impostos até 2018, o ministro disse que não há nenhum projeto do governo criando novos tributos ou aumentando alíquotas, mas sim projetos que dão autonomias a cobranças de impostos.

Ele citou como exemplo a medida provisória que muda a cobrança de imposto dos chamados fundos exclusivos, que são formados por apenas um investidor, geralmente com mais renda. O imposto cobrado nessas aplicações era menor do que o cobrado nos fundos de investimentos abertos.

Eleição

O ministro foi mais uma vez questionado se é pré-candidato à Presidência da República e afirmou que a decisão será tomada na “hora certa”, ou seja, até 31 de março. “Eu não tomo decisões por antecipação. Inclusive, porque decisões por antecipação são uma perda de tempo. Minha decisão no momento é ser um bom ministro da Fazenda”, afirmou.

Sobre a possibilidade de ser vice em alguma chapa, Meirelles foi mais enfático e disse que não seria candidato a vice em “nenhuma hipótese”. “Isso não se coloca e eu não seria candidato a vice em nenhuma hipótese”, destacou.

Na semana passada, o ministro havia dito em evento com empresários em São Paulo que seria “até interessante” o cargo de vice-presidente da República. Minutos depois, no entanto, o ministro afirmou que a declaração havia sido feita por “mera brincadeira”.

Salário e reforma tributária

Meirelles afirmou nesta semana que a questão do salário mínimo é definida por lei. “Não é uma questão de escolha, muito menos de escolha política, é um cálculo matemático”, declarou sobre a proposta de Orçamento para 2018, que reviu a projeção do salário de R$ 969 para R$ 965. “É meramente uma questão de cálculo. O fato concreto é que temos que seguir a lei”, disse.

O ministro da Fazenda reforçou que a aprovação da reforma tributária está condicionada ao avanço das mudanças na Previdência. O dirigente ressaltou que o objetivo da reforma tributária não é aumentar ou diminuir impostos no Brasil, mas “fazer uma simplificação dos tributos” no País.

 

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