Quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 17 de novembro de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Será um mar de chapéus estendidos por prefeitos de todo o país que estarão em Brasília a partir de segunda-feira. Baterão nas portas de gabinetes, vão relatar dificuldades, mostrar balanços deficitários, cobranças da população e apelar ao bom senso dos imperadores instalados no Ministério da Fazenda.
Quarta-feira, pressionarão pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição que aumenta em 1% o Fundo de Participação dos Municípios, repasse feito pela União e que é fonte de sobrevivência para as pequenas cidades.
No mesmo dia, vão forçar a abertura de negociações para que o governo federal reconheça dívidas que tem com os municípios e ocorra o necessário acerto de contas. O Congresso Nacional já se manifestou a favor da medida, mas os prefeitos enfrentam uma pedreira no Palácio do Planalto.
Vai sair fumaça
A executiva nacional do PSDB se reunirá quarta-feira em Brasília. Para efeito externo, o principal tema será a reforma da Previdência. Quando fecharem a porta, os participantes começarão debate pesado sobre a permanência nos ministérios. O poder é uma tentação.
Segue o vazio
Terminou ontem a semana da Câmara dos Deputados, muito criticada porque não houve votações em função do feriado de quarta-feira. A leitura da agenda dos próximos dias leva à conclusão: não aparecem projetos de importância na fila.
Ação entre amigos
Os deputados estaduais do Rio de Janeiro se mantiveram fiéis ao ditado: nunca se sabe como será o dia de amanhã. Para não correrem riscos, derrubaram por 39 votos a 19 o decreto de prisão contra presidente Jorge Picciani, e outros dois parlamentares do PMDB, Paulo Melo e Edson Albertassi.
Sobrevive
O Centrão está pronto para tomar conta de parte do governo Temer. Essa bancada independente surgiu durante a Assembleia Nacional Constituinte. Descontente com a linha progressista que se desenhava para a nova Carta e o monopólio das decisões em mãos de líderes dos grandes partidos, o grupo de considerável força se uniu com aval do presidente José Sarney. Um dos êxitos foi emplacar o inexpressivo Severino Cavalcanti como presidente da Câmara dos Deputados em 2005. Entre trapalhadas e denúncias, ele renunciou ao mandato antes do final daquele ano. O Centrão também se alinhou para incomodar a gestão Fernando Henrique. Agora, está pronto para negociar, dependendo, como sempre, do que será oferecido.
Há seis meses
Diante da crise gerada pela gravação de suas conversas com o empresário Joesley Batista e a abertura de inquérito em seu nome no Supremo Tribunal Federal, o presidente Michel Temer anunciou, a 18 de maio deste ano: “Não renunciarei. Repito: não renunciarei.”
A expectativa era de que entrasse em fase de hibernação política. Engano. Com muita tinta na caneta para assinar, a fila para pedir favores seguiu firme na porta do Palácio do Planalto.
Obra que falta
Se a ponte internacional em Porto Xavier sair do papel, a exportação de grãos e da produção industrial da Região Noroeste do Estado terá de percorrer apenas 80 quilômetros para chegar ao ponto argentino de Santa Ana. A distância via rodoviária até o porto de Rio Grande é de 600 quilômetros, o que torna os produtos menos competitivos.
Esquemão
O que as autoridades da Segurança Pública sabem: os automóveis roubados no Rio Grande do Sul são levados ao Paraguai onde servem como moeda de troca por drogas e armas pesadas.
Canastrões
Nas campanhas eleitorais, entrarão em reprise os seriados “Austeridade Fiscal” e “Reforma do Estado” tendo como astros candidatos de ocasião.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.