Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 28 de novembro de 2017
O Facebook expandirá para outros países seu software de reconhecimento de padrões que detecta usuários com intenção suicida, após testes bem-sucedidos nos Estados Unidos. A novidade também chegará ao Brasil.
A empresa começou a testar o software em março, quando o Facebook começou a analisar o texto de publicações e comentários na rede social para identificar frases que poderiam sinalizar um iminente suicídio.
No anúncio da expansão, feita na segunda-feira (27), a rede social não revelou muitos detalhes técnicos do programa. Mas, segundo a companhia, o software busca certas frases que podem ser indícios, como as perguntas “Você está bem?” e “Posso ajudar?”.
Se houver um potencial suicídio, o que ocorre é o seguinte: o programa alerta um time de funcionários do Facebook especializados em lidar com tais situações; o sistema sugere recursos para o usuário ou para amigos da pessoa, como uma linha de ajuda por telefone; os funcionários da rede social às vezes chamam as autoridades locais para intervir.
Guy Rosen, vice-presidente de gerenciamento de produtos do Facebook, afirmou, em nota, que a empresa começou a implementar o software fora dos EUA, porque os testes foram bem-sucedidos. Durante o último mês, as equipes especializadas falaram com mais de cem vezes pessoas após o software ter detectado intenções suicidas.
O Facebook informou que tenta destacar funcionários especializados para contactar as autoridades no idioma local a qualquer hora. “A velocidade realmente importa. Temos que ajudar as pessoas em tempo real”, disse Rosen.
No ano passado, quando o Facebook lançou transmissão de vídeo ao vivo, vídeos de atos violentos, incluindo suicídios e assassinatos, proliferaram, apresentando uma ameaça à imagem da empresa. Em maio, a rede social disse que contrataria mais 3 mil pessoas para monitorar vídeos e outros conteúdos.
Posts
O Facebook pode estar testando uma nova forma de marcação de contatos durante a composição de posts, conforme descoberto pelo The Next Web. Atualmente, quando quer citar alguém na rede social, o usuário precisa digitar @ e o nome da pessoa. Existe também a possibilidade de marcar usuários no post, mas de forma generalista, sem que o nome apareça em um local específico do texto.
Para encontrar esse sistema, o TNW teve que mexer nos códigos do Facebook, então não ficou claro se trata-se de um teste para uma mudança ou algo que a rede social pensou em aplicar mas esqueceu de desativar por completo.
Investidor
O primeiro investidor importante do Facebook, Peter Thiel, vendeu 75% de sua participação remanescente na rede social, de acordo com documentos enviados ao órgão regulador do mercado. Thiel, que é membro do conselho do Facebook, já havia vendido mais de US$ 1 bilhão em ações, antes de enviar o comunicado ao mercado na semana passada.
Ele disse que vendeu mais 160.805 ações por cerca de US$ 29 milhões, ficando com participações em 59.913 ações Classe A da empresa.